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Tome uma posição na vida: De um lado, A HISTÓRIA com as PROFECIAS BÍBLICAS, apontam para a 2ª VINDA DE CRISTO. Do outro, pessoas sem rumo e cheias de incertezas quanto ao futuro da humanidade, duvidam de tudo. De que lado você está? Jesus está voltando, ACORDE, amigo.

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

POLÍTICA

LIVRO: OBREIROS EVANGÉLICOS (391-396)


(391) Nossa Atitude Quanto à Política 
    Aos Mestres e Diretores de Nossas Escolas: 
    Aqueles a cujo cargo se acham nossas instituições e escolas devem-se acautelar diligentemente, não seja que, por suas palavras e sentimentos, levem os alunos por caminhos falsos. Os que ensinam a Bíblia em nossas igrejas e escolas, não se acham na liberdade de se unir aos que manifestam seus preconceitos a favor ou contra homens e medidas políticos, pois assim fazendo, incitam o espírito dos outros, levando cada um a defender suas ideias favoritas. Existem, entre os que professam crer na verdade presente, alguns que serão assim incitados a exprimir seus sentimentos e suas preferências políticas, de maneira que se introduzirá na igreja a divisão. 
    O Senhor quer que Seu povo enterre as questões políticas. Sobre esses assuntos, o silêncio é eloquência. Cristo convida Seus seguidores a chegarem à unidade nos puros princípios evangélicos que são positivamente revelados na Palavra de Deus. Não podemos, com segurança, votar por partidos políticos; pois não sabemos em quem votamos. Não podemos, com segurança, tomar parte em nenhum plano político. Não podemos trabalhar para agradar a homens que irão empregar sua influência para reprimir a liberdade religiosa, e pôr em execução medidas opressivas para levar ou compelir seus semelhantes a observar o domingo como sábado. O primeiro dia da semana não é um dia para ser reverenciado. É um sábado falso, e os membros da família do Senhor não podem ter parte com os homens que o exaltam, e violam a lei de
(392) Deus, pisando Seu sábado. O povo de Deus não deve votar para colocar tais homens em cargos oficiais; pois assim fazendo, são participantes nos pecados que eles cometem enquanto investidos desses cargos. 
    Não devemos transigir com os princípios, para ceder às opiniões e preconceitos que talvez animássemos antes de nos unir com o povo observador dos mandamentos de Deus. Temo-nos alistado no exército do Senhor, e não nos cabe combater do lado do inimigo, mas do lado de Cristo, onde podemos ser um todo unido, em sentimento, ação, espírito e comunhão. Os que são genuinamente cristãos são ramos da Videira verdadeira, e darão o mesmo fruto que ela. Agirão em harmonia, em comunhão cristã. Não usarão distintivos políticos, mas os de Cristo. 
    Que devemos então fazer? - Deixai os assuntos políticos em paz. "Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel?" II Cor. 6:14 e 15. Que pode haver de comum entre esses partidos? Não pode haver sociedade, nem comunhão. 
    A palavra "sociedade" importa em participação, parceria. Deus emprega as mais vigorosas imagens para mostrar que não deve haver união entre partidos mundanos e aqueles que estão buscando a justiça de Cristo. Que comunhão pode haver entre a luz e as trevas, a verdade e a injustiça? - Nenhuma, absolutamente. A luz representa a justiça; as trevas, a injustiça. Os cristãos saíram das trevas para a luz.
(393) Eles se revestiram de Cristo, e usam a divisa da verdade e obediência. São regidos pelos princípios elevados e santos que Cristo exemplificou em Sua vida. ... 
    Os mestres, na igreja ou na escola, que se distinguem por seu zelo na política, devem ser destituídos sem demora de seu trabalho e suas responsabilidades; pois o Senhor não cooperará com eles. O dízimo não deve ser empregado para pagar ninguém para discursar sobre questões políticas. Todo mestre, pastor ou dirigente em nossas fileiras, que é agitado pelo desejo de ventilar suas opiniões sobre questões políticas, deve-se converter pela crença na verdade, ou renunciar à sua obra. Sua influência deve ser a de um coobreiro de Deus no conquistar almas para Cristo, ou devem ser-lhe cassadas as credenciais. Se ele não muda, há de ser nocivo, apenas nocivo. ... 
    "Apartai-vos" 
    Rogo aos meus irmãos designados para educar, que mudem sua maneira de agir. É um engano de vossa parte o ligar vossos interesses com qualquer partido político, dar o vosso voto com eles ou por eles. Os que ocupam o lugar de educadores, de pastores, de colaboradores de Deus em qualquer sentido, não têm batalhas a travar no mundo político. Sua cidadania se acha nos Céus. Deus pede-lhes que permaneça como um povo separado e peculiar. Ele não quer que haja cismas no corpo de crentes. Seu povo tem de possuir os elementos de reconciliação. 
    É porventura sua obra fazer inimigos no mundo político? - Não, não. Eles têm de permanecer como súditos do reino de Cristo, levando a bandeira em que se acha
(394) inscrito: "Os mandamentos de Deus e a fé em Jesus." Apoc. 14:12. Têm de ter a responsabilidade de uma obra especial, de uma especial mensagem. Temos uma responsabilidade individual, e isso tem de ser revelado em presença do universo celeste, dos anjos e dos homens. Deus não nos pede que ampliemos nossa influência misturando-nos com a sociedade, ligando-nos com os homens em questões políticas, mas ficando como partes individuais de Seu grande todo, tendo Cristo como nossa cabeça. Cristo é nosso Príncipe, e, como súditos Seus, cumpre-nos realizar a obra que nos foi designada por Deus. ... 
    Talvez se pergunte: Não devemos ter ligação alguma com o mundo? A palavra do Senhor tem de ser nosso guia. Qualquer ligação com os infiéis e incrédulos, que nos viesse identificar com eles, é proibida pela Palavra. Temos de sair do meio deles, e ser separados. Em caso algum devemos unir-nos a eles em seus planos de trabalho. Mas não devemos viver isoladamente. Cumpre-nos fazer aos mundanos todo o bem que nos seja possível. 
    Cristo nos deu um exemplo disto. Quando convidado a comer com publicanos e pecadores, não Se recusava; pois de nenhum outro modo, senão misturando-Se com eles, poderia chegar a essa classe. Mas, em toda ocasião... puxava temas de conversação que lhes apresentavam ao espírito os interesses eternos. E Ele nos ordena: "Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está nos Céus." Mat. 5:16. 
    Quanto à questão da temperança, assumi, sem vacilação, vossa atitude. Sede firmes como a rocha. Não participeis dos pecados dos outros. ...

(395) Há uma grande vinha a ser cultivada; mas, conquanto os cristãos tenham de trabalhar entre os incrédulos, não se devem parecer com os mundanos. Não devem gastar seu tempo a falar de política e agir em favor dela; pois assim fazendo, dão oportunidade ao inimigo de penetrar e causar desinteligências e discórdias. Aqueles, dentre os pastores, que desejam ser políticos, devem perder suas credenciais; pois essa obra Deus não deu a elevados nem a humildes dentre Seu povo. 
    Deus pede a todos quantos atuam em palavra e doutrina, que deem à trombeta um sonido certo. Todos quantos receberam a Cristo, pastores e membros leigos, devem levantar-se e resplandecer; pois grandes perigos se acham iminentes sobre nós. Satanás está agitando os poderes da Terra. Tudo neste mundo se acha em confusão. Deus pede a Seu povo que mantenha acima de tudo a bandeira que apresenta a mensagem do terceiro anjo. ... 
    Os filhos de Deus têm de se separar da política, de toda associação com os incrédulos. Não devem ligar seus interesses aos do mundo. "Provai vossa aliança comigo", diz Ele, "permanecendo como Minha herança escolhida, como um povo zeloso de boas obras." Não tomeis parte em lutas políticas. Separai-vos do mundo, refreai-vos quanto a introduzir na igreja ou escola ideias que hão de levar a contendas e perturbações. As dissensões são o veneno moral introduzido no organismo pelos seres humanos egoístas. Deus quer que Seus servos tenham clara percepção, verdadeira e nobre dignidade, para que sua influência manifeste o poder da verdade. 
    A vida cristã não deve ser vivida a esmo ou depender de emoções. A verdadeira influência cristã, exercida para a realização da obra designada por Deus, é um
(396) precioso instrumento, e não se deve unir com política, ou ligar em associação com incrédulos. Deus tem de ser o centro de atração. Toda mente em que o Espírito Santo opera, satisfar-se-á com Ele. 
    "Nenhum de nós vive para si." Rom. 14:7. Lembrem os que são tentados a tomar parte na política, que todo passo que eles dão tem sua influência sobre outros. Quando pastores, ou outros que ocupem posição de responsabilidade, fazem observações a respeito desses assuntos, não podem recolher os pensamentos que plantaram em outros espíritos. Sob as tentações de Satanás, puseram em operação uma corrente de circunstâncias conducentes a resultados que eles mal sonham. Um ato, uma palavra, um pensamento atirado à mente do grande ajuntamento humano, caso leve a sanção celestial, dará uma colheita de preciosos frutos; mas, se é inspirado por Satanás, fará brotar a raiz de amargura com que muitos serão contaminados. Portanto, os mordomos da graça de Deus, em todo ramo de serviço, estejam alerta quanto a não misturar o comum com o sagrado. 
    Por mais de uma vez Cristo foi solicitado a decidir questões políticas e jurídicas; mas recusava-Se a interferir em assuntos temporais. ... Ele ocupava no mundo o lugar de Cabeça do grande reino espiritual para cujo estabelecimento aqui viera - o reino da justiça. Seus ensinos tornaram claros os princípios enobrecedores, santificadores que regem Seu reino. Mostrou que a justiça, misericórdia e amor são as forças dominantes no reino de Jeová. Testimonies, vol. 9, pág. 218.

sábado, 7 de abril de 2012

PENSE NISSO(A alegria de servir)

“EU NÃO SABIA QUE PODIA HAVER UMA ALEGRIA ASSIM”

A história que você irá ler, comprova mais uma vez que as pessoas mais felizes
desse mundo são aquelas que ajudam outras a serem felizes. Aquelas que se preocupam com os outros, são as mais simpáticas e saudáveis que o mundo já viu. “Uma mulher culta que trabalhava num banco por muitos anos, caiu em desespero. Ela se sentia tão miserável que temia um esgotamento nervoso. Seu médico perguntou-lhe:
- Quem é a jovem que trabalha ao seu lado no banco?
- Doroti, - respondeu ela.
- Doroti de quê?
- Eu não sei.
- Onde ela mora?
- Eu não sei.
- O que ela faz? Em que ela trabalha?
- Eu não sei.
O médico entendeu imediatamente que apenas o egoísmo estava lhe roubando a alegria e a felicidade. Disse ele:
- Posso ajudá-la se você prometer fazer exatamente como eu lhe disser.
- Farei qualquer coisa – respondeu ela.
- Tudo bem – disse o Dr. Link. – Em primeiro lugar, faça amizade com a
Doroti. Descubra onde ela mora. Convide-a para ir a sua casa jantar. Descubra o que ela está almejando na vida, e faça alguma coisa para ajudá-la. Em segundo lugar, faça amizade com o leiteiro e sua família, e veja se há algo que você possa fazer para ajudá-los. Em terceiro, faça amizade com o seu jornaleiro. Descubra o que ele deseja ser quando crescer. Em dois meses volte para me ver. No final de dois meses ela não voltou, mas escreveu uma carta de dez páginas ao doutor, sem nenhuma palavra a respeito de sua melancolia ou tristeza. Eram dez páginas de alegria! Tinha ajudado Doroti no Latim, e ela passou no exame da faculdade com excelentes notas. Uma criança do leiteiro teve coqueluche e algumas vezes ela cuidou da criança para a mãe descansar um pouco; agora elas eram excelentes amigas. “onde estive toda a minha vida?” escreveu ela. “EU NÃO SABIA QUE PODIA HAVER UMA ALEGRIA ASSIM!” (Começando com Deus, 205)
Uma das coisas que o capítulo 58 de Isaias nos ensina é que se nós tirarmos os olhos de nós mesmos e olharmos em nossa volta a necessidade que passa os menos favorecidos que nós, alimentando e vestindo os pobres, visitando os doentes, confortando os desanimados, ajudando as pessoas a abandonarem os maus hábitos, então nós obteremos uma brilhante personalidade e saúde exuberante. O egoísmo poderá levá-lo às profundezas do desespero, mas a ajuda aos outros
dará a você uma felicidade indescritível e uma personalidade simpática, além de uma saúde radiante.

PENSE NISSO(Quando a vida perde o sentido)

Quando a vida perde o sentido
Eis um ótimo conselho de um homem de Deus, para quem perdeu a vontade de viver:
“A moça sentada diante de mim, dizia: ‘perdi a vontade de viver, a vida é uma monotonia que não acaba nunca. Tenho medo de que chegue o dia seguinte porque será a mesma rotina massacrante de sempre.’
O que faz uma vida perder o sentido? Em primeiro lugar, convém saber que a monotonia é um sintoma. Ela nos fala de que algo não está funcionando corretamente lá dentro. A monotonia é contrária ao plano de vida abundante que Deus tem para nós e quando chegamos a esse ponto é porque perdemos, entre outras coisas boas, o amor à vida.
Outro assunto que é bom considerar é que a monotonia é o resultado de minimizar o que somos. Vem do fato de aceitar que a vida que temos é a única que merecemos. A monotonia é a agressão contra alguém que se tornou desagradável em nossa vida: nós mesmos. A monotonia é a aceitação covarde de impotência com relação a mudar o rumo do dia-a-dia. Em terceiro
lugar
, a monotonia vem do fato de jogar a culpa de tudo em outras pessoas,
nas circunstâncias ou no passado. Consiste em procurar encontrar significado em tudo, em lugar de dar significado a tudo. Enquanto estivermos esperando que os outros façam algo para tornar a nossa vida emocionante com certeza ficaremos sentados na monotonia de uma vida sem sentido.
Finalmente, a monotonia vem do sentimento de que não temos nenhum lugar aonde ir, nenhum mundo novo a conquistar. E quando a vida se concentra na busca desesperada de
coisas passageiras como cultura, dinheiro, poder, fama e prazer, chegará o momento em que sentiremos a sensação de que tudo que conquistamos foi nada e de que já não existe mais o que conquistar. Se você alguma vez sentiu que a sua vida está caindo na monotonia, se sua vida não
é emocionante, se não vibra mais com as possibilidades do amanhã, hoje pode ser o dia de uma nova experiência para você. Desenvolva o gozo de um íntimo relacionamento com Cristo, elogie as outras pessoas, tente descobrir coisas positivas nelas, perca-se você próprio nas outras pessoas e nas suas necessidades, atreva-se a fazer e construir sonhos. Experimente a vida abundante que
Cristo lhe oferece. Ele mesmo disse: ‘Eu vim para que tenham vida e vida em abundância’ – João 10:10.” [Alejandro Bullón Paucar]

sábado, 14 de janeiro de 2012

sábado, 19 de novembro de 2011

Gálatas à Luz da Bíblia

GÁLATAS, À LUZ DA BÍBLIA
A circuncisão (que se tornou o sinal pessoal da fé de Abraão) foi uma especial maneira criada por Deus, um sinal de separação do mundo, um símbolo de santidade para tornar Seu povo diferente dos idólatras.
Isso tornou-se um orgulho tão grande para os judeus – uma simples prática exterior – tão idolatrada, que sobrepujou a visão de que a circuncisão que tem valor de fato é a do coração, isto é: A transformação do caráter.
Efetivamente, a maior negação desta fé foi denunciada por Jeremias (Jer. 9:26), quando revelou não haver diferença entre pagãos e o “povo circuncidado” de Deus. “A forma exterior substituíra a experiência do coração.”
“O princípio de que o homem pode salvar-se por suas próprias obras, o qual jaz à base de toda religião pagã... onde quer que seja mantido, os homens não têm barreira contra o pecado.” – Ellen G. White, o Desejado de Todas as Nações, pág. 25.
“Se Satanás puder ser bem sucedido em levar o homem a dar valor às suas próprias obras como obras de mérito e justiça, ele sabe que pode vencê-lo por suas tentações e torná-lo sua vítima e presa... Marquemos os umbrais das portas com o sangue do Cordeiro derramado no Calvário, e estaremos a salvo.” – Ellen G. White, Review And Herald, 3 de Outubro de 1889.
Esboço da Epístola aos Gálatas segundo o Dicionário Bíblico, editado pela Imprensa Bíblica Brasileira:
I – A autoridade apostólica de Paulo e a revelação por ele recebida justificam o evangelho da salvação pela Graça, contra o espúrio ensinamento dos legalistas (1:1-2 e 14).
II – A justificação que provém da Graça divina pela fé humana, e não pelas obras infrutíferas da lei, vindica o Evangelho de Cristo (2:15; 4:31).
III – Com ardorosas exortações Paulo concita os galátas a permanecerem firmes na liberdade e na espiritualidade da Graça (cap. 5 e 6).

CIRCUNCISÃO
“Quando Ismael estava com a idade de treze anos, Abrão e todos os homens de sua família foram circuncidados. No Egito a circuncisão fora praticada em data memorável, no entanto tornou-se o selo do pacto entre Deus e a descendência de Abrão, cujo nome, ao mesmo tempo, foi mudado para Abraão, significando assim que ele não era mais babilônio.” – Dicionário Bíblico da Imprensa Bíblica Brasileira.
Quando Abraão foi justificado (Gên. 15:6) não era circuncidado, fato que aconteceu posteriormente. Consequentemente, tornou-se Abraão pai de circuncisos e incircuncisos. Abraão não foi salvo pela circuncisão. Ele foi salvo pela Graça, aceita pela fé. A circuncisão era o sinal ou selo da experiência salvadora. Após a Cruz, a circuncisão como rito religioso é desnecessário (Romanos 2: 28-29).
A primeira referência e o estabelecimento da circuncisão como pacto entre Deus e Abraão estão em Gênesis 17:10-14.
Paulo usou em todas as suas epístolas as seguintes palavras:
CIRCUNCIDAR – DOZE VEZES
CIRCUNCISÃO – VINTE E SEIS VEZES
INCIRCUNCISÃO – NOVE VEZES
CIRCUNCISO – CINCO VEZES
INCIRCUNCISO – SETE VEZES
(Total: 59 vezes)
Somente na Epístola aos Gálatas, Paulo mencionou dezesseis vezes a circuncisão. Sendo que o livro de Gálatas contém seis capítulos, temos a média de três palavras por capítulo.
O livro de Gálatas tem sido usado como coluna mestra para a aceitação do cancelamento, destruição e término da “lei” por Cristo Jesus. Por isso nada mais lógico que estudá-lo, tim-tim por tim-tim, a fim de sabermos se realmente é como se diz. Vamos ver.
O escritor de Gálatas foi o comentado apóstolo Paulo, cuja descendência, origem e ministério já conhecemos bem (consulte pág. 348, parág. 8). Servindo-nos do Dicionário Bíblico da Imprensa Bíblica Brasileira, temos a seguinte descrição a respeito da epístola de Paulo aos Gálatas:
“Paulo apreciava muito todas as suas igrejas, todavia, tinha excepcional simpatia para com as da Galácia. Durante sua ausência, professores judaizantes tiveram acesso a elas e nelas insuflaram a perniciosa heresia de que somente pela porta do judaísmo é que se podia entrar no aprisco cristão. A natureza desses argumentos convenceu a Paulo de que ele se defrontava com uma grande crise e, se o cristianismo havia de ser a religião universal, e não meramente uma seita judaica, teria de ser esclarecida, duma vez por todas, a relação entre Cristo e a Lei Mosaica.” – Grifos meus.
Esta bela descrição leva-nos à época do autor e coloca-nos a par do problema que motivou a Paulo sua famosa epístola. “Professores Judaizantes” estavam corrompendo o rebanho, fazendo-o voltar à escravidão das cerimônias estatuídas por Moisés.
Considerando ainda o dicionário focado a respeito dos JUDAIZANTES, encontramos nele esta significativa referência:
“Nome dado entre os primitivos cristãos àqueles que não podiam crer que tudo o que se concedera ao homem pela LEI fosse-lhes então, transmitido de maneira mais ampla por meio do EVANGELHO. Assim insistiam na circuncisão como o meio de outorgar ao homem o direito de crer em Jesus como Salvador de Israel” – (Grifos meus).
Você, caro amigo, como um bom e correto cristão, que está interessado em crescer na fé, e se assemelhar ao máximo ao Senhor Jesus, por certo, depois de já ter lido os capítulos anteriores, estará em condições de compreender com sinceridade o que Paulo tinha em mente ao escrever Gálatas. Por favor, não esqueça que estamos diante de uma igreja onde, estando seu pastor, Paulo, ausente, fica à mercê de homens maus, “professores judaizantes” arraigados a dogmas cerimoniais abolidos por Cristo. E, em especial, nesse particular, o motivo principal da epístola foi exatamente o ponto que com maior volúpia pregavam os tais “professores judaizantes”: a circuncisão. Imploro-lhe não esquecer esse detalhe.
Recorramos novamente ao Dicionário Bíblico mencionado, e o consultemos a respeito da palavra “lei”, largamente usada nessa epístola. Diz ele:
“A lei continha dois elementos. O eterno e o efêmero. Um elemento é eterno, portanto, trata da moral, que não muda. Encontramo-lo nos Dez Mandamentos, frequentemente denominados o Decálogo, e em estatutos com este relacionado. O elemento efêmero compõe-se de leis, tanto civís como cerimoniais. Evidentemente as leis civis se mudariam ou se revogariam segundo as mudanças na vida da nação e nas suas relações com os povos vizinhos. E as leis cerimoniais cuja finalidade era ensinar por meio dos sacrifícios e cultos ritualísticos o desígnio redentor de Deus, haveriam de terminar com o advento do Messias, cuja obra de redenção esse ritualismo prefigurava, e hoje os cristãos têm certeza de que Cristo veio a ser o cumprimento e o fim da lei.” – Grifos meus.
Logicamente, segundo a palavra fidedigna do citado Dicionário Bíblico, se a Lei Moral dos Dez Mandamentos é eterna e não muda, que lei então seria essa da qual nós, os cristãos, temos certeza que Cristo tornou-Se o cumprimento e o fim? Evidente, aquela que o próprio dicionário classifica de cerimonial, e “cuja finalidade era ensinar por meio dos sacrifícios e cultos ritualísticos o desígnio redentor de Deus”, ou seja, que prefigurava a morte de Jesus. Por essa tão bela e tão bem colocada referência à “lei”, agradeçamos ao autor do Dicionário Bíblico que estamos usando.
O dicionário em foco é um compêndio da mais alta importância e imparcialidade, de autoridade ímpar, bem como de profunda responsabilidade evangélica. Tanto que é anexado à Bíblia impressa e distribuída pela Casa Publicadora Batista. E é ele que apresenta com tamanha clarividência algo que para muitos tem sido obscuro e continua encoberto, isto é:
a diferenciação entre as leis da Bíblia. Menciona este bom dicionário, e ele foi claro, o seguinte:

1º) – LEI MORAL: Chamada de os Dez Mandamentos, ou Decálogo. Que não muda. É eterna.
2º) – LEIS CIVÍS: Poderiam mudar segundo a conveniência da nação israelita.
3º) – LEI CERIMONIAL: Sua finalidade única era ensinar a obra redentora de Jesus.

Portanto, neste estudo sobre Gálatas, deveremos partir da seguinte premissa: Não enfoca a epístola a Lei Civil, pois trata-se de tema religioso. A dificuldade, por conseguinte, enquadra as duas leis finais: Lei Moral ou Lei Cerimonial. Como não há mais dúvidas que existe distinção de leis na Bíblia (confirme lendo à página nº 79), alicerçados pelo citado dicionário, iremos a cada passo desvendar o mistério dos gálatas, e colocar a lei que é mencionada na epístola no seu devido lugar, e isso com sua ajuda e paciência, meu amado irmão.
Gálatas 1:13-14
“Porque já ouvistes qual foi antigamente a minha conduta no judaísmo, como sobremaneira perseguia a igreja de Deus e a assolava. E na minha nação excedia em judaísmo a muitos da minha idade; sendo extremamente zeloso das tradições de meus pais.”
Paulo, irritado, tomou conhecimento dos tais “professores judaizantes” e de sua herética e nefanda obra. Sendo o apóstolo profundo conhecedor de suas heresias, e sobremodo a elas contrário, discorre ao início de sua epístola aos gálatas, a sua condição inicial, como grande praticante daquela seita, o judaísmo. Como seu membro efetivo, antes do encontro com Cristo, fora ele, como se disse: “extremamente zeloso das tradições” de seus pais, daí entendermos seu descontentamento e preocupação com os cristãos da Galácia, pois sabedor que era daquelas infindáveis cerimônias, se novamente aceitas, iriam tirar a liberdade concedida pelo evangelho de Cristo, e de alguma forma, obliterar o cristianismo que crescia com bases sólidas na Galácia antes do acesso dos “professores judaizantes”.
No limiar da epístola, notamos a acentuada preocupação de Paulo, bem como sua profunda admiração ao notar que os gálatas apressadamente deixaram o evangelho que lhes pregou, revogando a Graça de Cristo e voltando-se àquilo que tachou de anátema (Gál. 1:6-9). Paulo era contrário de “corpo e alma” ao judaismo (ritualismo cerimonial judaico), porque em pouco beneficiou, e ademais fora cancelado para sempre com o sacrifício de Jesus.
Ainda no preâmbulo que fez Paulo para introduzir sua epístola, entendemos de sua leitura e podemos até visualizar o judaizante Saulo de Tarso, com todo zelo e dedicação empunhando sua ensanguentada espada, munido das cartas dos sacerdotes judaizantes, para matar os crentes em Cristo. Mas, no caminho de Damasco, dá-se o feliz encontro do judaizante Saulo com Aquele que cancelou tal sistema religioso. Esse encontro marcou-o para o resto da vida, não somente pelo quadro maravilhoso de ver a Jesus, mas porque sua vista ficou defeituosa enquanto viveu, dado o resplendor da glória do Senhor Jesus. Saulo morreu. Acabou para ele o judaismo. Nasceu Paulo, a glória do cristianismo, o apóstolo dos gentios.
Totalmente transformado, verdadeiramente convertido ao cristianismo, Paulo tomou sua Bíblia e rumou para os campos missionários, sempre fazendo discípulos e construindo igrejas, até que, depois de quatorze anos de sua conversão ao cristianismo e consequente rejeição do judaismo, conta ele:
Gálatas 2: 1,3-4
“Depois, passados quatorze anos, subi outra vez a Jerusalém com Barnabé, levando também comigo a Tito... Mas nem ainda Tito, que estava comigo, sendo grego, foi constrangido a circuncidar-se; e isto por causa dos falsos irmãos que se tinham entremetido, e secretamente entraram a espiar a nossa liberdade, que temos em Cristo Jesus, para nos porem em servidão.”
Paulo, completamente transformado, está em Jerusalém. Quando aceitou a Cristo como Salvador, abandonou o judaismo e as cerimônias que, se necessárias antes, tornaram-se inúteis após a morte de Jesus. E isto foi objeto de repulsa da parte dos judeus cristãos, que Paulo depois de longa ausência revia na Cidade Eterna, os quais eram, ainda, partidários e afeitos às cerimônias rituais, e entre elas, a circuncisão tinha predominância.
Gálatas 2: 7-9, 12-13
“Antes, pelo contrário, quando viram que o evangelho da incircuncisão me estava confiado, como a Pedro o da circuncisão (porque Aquele que operou eficazmente em Pedro para o apostolado da circuncisão, Esse operou também em mim com eficácia para os gentios), e conhecendo Tiago, Cefas e João, que eram considerados como as colunas, a graça que se me havia dado, deram-nos as destras, em comunhão comigo e com Barnabé, para que nós fôssemos aos gentios, e eles à circuncisão... Porque, antes que alguns tivessem chegado da parte de Tiago, comia com os gentios; mas depois que chegaram, se foi retirando, e se apartou deles, temendo os da circuncisão. E outros judeus dissimulavam com ele (Pedro), de maneira que até Barnabé se deixou levar pela sua dissimulação (de Pedro).”
Observe meu amado, que a discussão, o elemento que gerou tanta confusão e polêmica, foi simplesmente um dogma daquela “lei” que o Dicionário Bíblico classifica de Cerimonial e que foi abolida com a morte de Jesus. Entretanto, ainda estava causando tanta discussão, e o que é lamentável, entre os próprios discípulos. Sem sofismar, a “barafunda” criada aí foi pura e simplesmente por causa da CIRCUNCISÃO. É o elemento predominante em toda a epístola. Tanto é verdade que Paulo, o declarado inimigo do judaismo, irá tomar uma atitude à altura de sua posição de apóstolo chamado por Jesus. Ouça-o:
Gálatas 2: 14
“Mas quando vi que não andavam bem e direitamente, conforme a verdade do evangelho, disse a Pedro na presença de todos: Se tu, sendo judeu, vives como os gentios, e não como judeu, por que obrigas os gentios a viverem como judeus?”
VAMOS RELEMBRAR: No verso 4, Paulo menciona estarem os irmãos secretamente voltados a “espiar a nossa liberdade, que temos em Cristo Jesus, para nos porem em servidão.” Em outras palavras, o homem que crê no sacrifício de Jesus e O aceita como Salvador pessoal já não está preso àquela multidão de cerimônias e rituais que faziam parte da Lei Cerimonial, já não está cativo, mas tem liberdade. Liberdade concedida pelo evangelho, mediante a expiação do Filho de Deus. Esta liberdade os judaizantes não aceitavam para si e para ninguém.
Após o Calvário não era preciso mais proceder a nenhum dos rituais exigidos pela Lei Cerimonial, e muito menos circuncidar-se, pois tal sistema era o antítipo que apontava para o tipo (Jesus). Assim, com a morte vicária de Jesus tornou-se de nenhuma importância, inútil e sem valor a lei Cerimonial. Na transição do judaismo para o cristianismo, a circuncisão teve fim, e o batismo por imersão ocupou seu lugar. Col. 2:11-12.
Pedro até que compreendia assim, porém, para agradar a “gregos e troianos”, como disse Paulo – “dissimulava”, e por isso foi repreendido duramente na frente de todos. Mas, na verdade, novamente afirmo: Tudo isso por causa da circuncisão, que era parte integrante e destacada da Lei Cerimonial.
O verso seguinte, emitido por Paulo, imediatamente após admoestar a Pedro, tem sido incompreendido pelos irmãos em geral, porque não o comparam com o con-texto geral da epístola. Todavia, para você agora ele vai falar diferente, com certeza.
Gálatas 2: 16
“Sabendo que o homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé em Jesus Cristo, temos também crido em Jesus Cristo, para sermos justificados pela fé de Cristo, e não pelas obras da lei; porquanto pelas obras da lei nenhuma carne será justificada.”
Paulo como que franze a testa, olhando para Pedro e os demais apóstolos e discípulos, cheio do poder espiritual, mostra-lhes o valor do evangelho. CIRCUNCISÃO era uma exigência da Lei Cerimonial, necessária antes de Cristo. Mas, após a morte do Senhor, cumprir esse ritual era buscar JUSTIFICAÇÃO PELAS OBRAS. Isto é: justificar-se a si por méritos próprios.
A prática da circuncisão após a cruz, era negar a eficácia do sangue remidor de Jesus, bem como contraditar o evangelho da justificação pela fé no sacrifício expiatório de Jesus. Por isso Paulo enfatiza:

“PELAS OBRAS DA LEI NINGUÉM SERÁ JUSTIFICADO”
Corretíssimo. A Lei Cerimonial não se compunha somente do dogma da circuncisão, mas de uma infinidade de cerimônias. Porém, o problema traumatizande dos gálatas, a balbúrdia entre aqueles bons irmãos da Galácia, é por causa da CIRCUNCISÃO. Este é o tema borbulhante da epístola.
Gálatas 2: 21
“Não aniquilo a Graça de Deus, porque, se a justiça provém da lei, segue-se que Cristo morreu debalde.”
Antes do advento do Messias Jesus, Deus dera aos judeus, em especial, um ritual maravilhoso. Um conjunto de cerimônias, acompanhadas de variadas ordenanças, denominado de Lei Cerimonial. Sua obrigação era exigível, pois todo o cerimonial apontava para Jesus. Era portanto necessário até que Ele viesse.
Vindo, porém, o Filho de Deus, todo aquele impressionante e provisório sistema ritualístico, tornara-se inútil, pois era sombra de Jesus (Heb. 10: 1). Paulo compreendeu assim, e colocou em prática sua fé. Por isso, indignou-se ao ver, agora, novamente os discípulos voltarem a circuncidarem-se.
Mais irritado ficou Paulo, ao notar os próprios apóstolos presenciarem essa disposição de suas ovelhas e nada fazerem. Permaneciam inertes. Daí ocasionar-lhe repulsa tal que o levou a repreender não somente os discípulos mas também a Pedro. Como, pensava Paulo, poderiam homens que tiveram o Plano de Salvação tão claro e detalhado seu cumprimento na morte vicária de Jesus, voltarem agora aos rituais abolidos? E se a prática desses ritos pudesse justificar o oferente, então Jesus morreu em vão, asseverava Paulo.
Ressalte-se que a “lei” focada ainda é a Lei Cerimonial, pois tudo está dentro do mesmo escopo e é uma sequência do pensamento discorrido por Paulo no capítulo 2. Muitos irmãos, hoje, utilizam este texto (Gálatas 2: 21), para anular a Lei Moral. Mas, como você vê, não é o correto. Isolando este texto do contexto geral da epístola, ele perde seu sentido real. Separá-lo do contexto é cortar o fio da meada. É destruir o pensamento proposto e ardorosamente defendido por Paulo.
O capítulo 3 desta epístola é dramático para o apóstolo.Veja:
Gálatas 3: 1-5
“Ó insensatos gálatas! QUEM VOS FASCINOU para não obedecerdes à verdade, a vós, perante os olhos de quem Jesus Cristo foi representado como crucificado? Só quisera saber isso de vós: recebestes o Espírito pelas obras da lei ou pela pregação da fé? Sois tão insensatos que, tendo começado pelo Espírito, acabeis agora pela carne? Será em vão que tenhais padecido tanto? Se é que isso também foi em vão. Aquele pois que vos dá o Espírito, e que obra maravilhas entre vós, fá-lo pelas obras da lei, ou pela pregação da fé?”
Paulo está muito aborrecido com os “professores judaizantes” que em sua ausência infiltraram na Igreja da Galácia os dogmas cerimoniais, dando, preferencialmente, mais peso a circuncisão. Qualifica os gálatas de “insensatos”, e quem não concorda? Imagine: Receberam do apóstolo o evangelho da liberdade, liberdade que os isentara de continuar matando animais para se justificarem, porém, voltam a oferecer as mais variadas ofertas, praticando o desnecessário rito da circuncisão, tudo aquilo que Jesus abolira em Sua morte na cruz.
Ainda assim, até aqui, a “lei” que está em foco é clara, insofismável e definida: é a Lei Cerimonial, enfatizada pelo Dicionário Bíblico como abolida por Cristo. E dessa lei, a “ordenança” que gerou tamanha confusão foi a circuncisão. Certo?
O versículo seguinte a ser estudado exige de nossa parte, para compreendê-lo, muita humildade, sinceridade e lealdade para com a Bíblia. Dada à sua soleníssima mensagem, deve-se ao lê-lo despir-se de todo preconceito denominacional, bem como desarmar-se de toda idéia pré-concebida. Eu fiz isso, um dia, graças a Deus!
Este versículo é mais uma peça saliente na epístola aos Gálatas, o centro e a rocha de que se valem milhares de bons irmãos de todas as religiões cristãs, para aceitar que a Lei Moral dos Dez mandamentos foi abolida, que Paulo é contrário a ela. Evidentemente é inegável que Paulo demonstra repulsa por uma lei. Mas... qual lei?
Você verá que, sem isolar o versículo do seu contexto, ficará fácil entendê-lo e descobrir que lei ele enfoca. Isso só é possível, pois estamos com a humildade de um sincero estudante da palavra de Deus, desenvolvendo o pensamento de Paulo, não é? Portanto, conhecedores que somos dos fatos iniciais da espístola, estamos cabalmente em condições de compreendê-lo. Vamos ler:
Gálatas 3: 10
“Todos aqueles pois que são das obras da lei estão debaixo da maldição; porque escrito está: maldito todo aquele que não permanecer em todas as coisas que estão escritas no livro da lei, para fazê-las.”
Se tivéssemos aberto a Bíblia agora, tomado de lá este versículo e, após fechá-la, o lêssemos, ele “falaria” diferente. Felizmente, nós estamos estudando toda a epístola, e por isso a mensagem dele para nós agora será aquela que Paulo queria de fato transmitir, e não a mensagem isolada que parece, encerra o versículo, e que tem enganado tanto crente sincero.
Convidamos o irmão a parar aqui e ler ou reler o capítulo A SANTA LEI DE DEUS e as MÁXIMAS PAULINAS, isto é, se você ainda tiver dúvidas quanto à “lei” que Paulo focaliza nesta epístola; mas se tudo está claro aos seus olhos, caminhe. Saliento, entretanto, para que o irmão grave bem, que a lei exaustivamente enfocada por Paulo nesta epístola, e especialmente neste verso, é a lei que o Dicionário Bíblico qualifica de Lei Cerimonial, porque:
• Quem pratica ou guarda seus mandamentos está sob maldição. Logicamente não poderá ser jamais a Lei Moral dos Dez Mandamentos que o Dicionário Bíblico disse ser eterna e que não muda. Sim, porque nestes Dez Mandamentos, que foram divididos sabiamente em duas partes pelo Criador, os quatro primeiros dizem respeito à nossa obrigação para com Deus, e os seis restantes, para com o nosso próximo. Portanto, amar a Deus de todo o coração, de toda a alma e pensamento, é cumprir os primeiros quatro mandamentos da primeira tábua de pedra. E amar nossos semelhantes como a nós mesmos é cumprir os seis restantes da segunda tábua de pedra. Por favor, responda-me: Isso é ser maldito? Amar a Deus e ao próximo que são os reclamos da Lei Moral é estar sob maldição? – Claro que não! Correto?
• Essa lei que Paulo menciona foi escrita em um livro (II Crôn. 35:12). Portanto, só isso bastaria para que todos compreendam que essa lei focada pelo apóstolo na epístola dos Gálatas é a Lei Cerimonial, porque a Lei Moral dos Dez Mandamentos foi escrita pelo próprio Deus e em PEDRAS (Êxo. 31: 18). Evidentemente, pedra é granito, livro é pergaminho, pele de animal e casca de madeira. Bem diferente! Ademais, quem escreveu esta lei insistentemente abordada em Gálatas, não foi Deus, e sim Moisés. É o que descobriremos agora, quer ver?
Deuteronômio 31: 24
“E aconteceu que, acabando Moisés de escrever as palavras desta lei NUM LIVRO, até de todo as acabar.”
Paulo queria e precisava urgentemente livrar das garras dos “professores judaizantes” o seu indefeso rebanho e, para tal, tenta com toda a força do coração tirar da sua mente a inútil observância de uma “lei” que já fora caducada e abolida pela morte de Cristo (Col. 2:14; Efé. 2:15). Por isso que, no discorrer de todo o capítulo 3, fomenta a incapacidade da Lei Cerimonial para justificar o homem. Esse papel só a Jesus compete. Entretanto, esta lei, já que foi dada, teve o seu valor e desempenhou o seu papel, mas necessariamente teria que findar quando realizasse toda a obra para a qual fora criada. Assim, pois, é que diz Paulo:
Gálatas 3:24
“De maneira que a lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados.”
A Lei Cerimonial, enfadonhamente mencionada por Paulo em Gálatas e referendada pelo Dicionário Bíblico da Imprensa Bíblica Brasileira, que muito nos está auxiliando, constituía-se de muitas cerimônias e não somente da circuncisão, que foi a pedra de tropeço dos gálatas. Essas cerimônias foram criadas para desenvolver no homem, ao praticá-las, a fé no Messias que viria futuramente. Dentre elas, talvez, a mais contundente e que falava mais profundamente ao coração do judeu, pelo menos Deus desejava que assim fosse, era o sistema sacrifical. Ao transgredir um dos Dez Mandamentos, o homem deveria morrer. Essa era a exigência da Lei Moral; entretanto, o pecador tinha uma “válvula de escape”. Ele não precisaria morrer, bastava que providenciasse um substituto, que devia ser um cordeiro sem manchas ou defeitos físicos.
Tomava então o pecador o animalzinho em seus braços e o levava ao sacerdote, no templo. Este, por sua vez, dispunha-o sobre o altar, e o pecador colocava suas mãos sobre a cabeça do animal e confessava seu pecado, após o que, com suas próprias mãos, imolava a indefesa vítima de seu pecado, vendo o sangue jorrar por entre as vísceras cortadas. Era um ritual marcante. Uma cerimônia cuja finalidade era mostrar ao homem que:
• Quem deveria morrer era ele, pois foi quem pecou.
• Deveria permanecer gravada em sua mente a hediondez do pecado. O pecado gera a morte. O pecado, aos olhos de Deus é tão aborrecível, malígno e abominável, que, para se obter o perdão, há a necessidade de derramamento de sangue.
• Deveria impressioná-lo aquela cena, ao contemplar naquela indefesa vítima a figura do Messias que o tanach profetizava. Compreender o papel do Messias em Se transformar na oferta viva pelo pecado, o “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”. João 1: 29.
Por conseguinte, a Lei Cerimonial era um conjunto de ritos criados por Deus para desenvolver a fé no futuro Messias e dessa forma abrir os corações para recebê-Lo e amá-Lo. Assim que, têm muita razão as palavras de Paulo: “A lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo”. Lógico, era sua única e específica função. Vindo porém Cristo, que necessidade havia de continuar? Nenhuma! Ao homem agora, bastava crer e aceitar aquela oferta viva, Jesus, fazendo dEle seu Senhor e Salvador; nada mais claro.
A beleza desse ritual dizia para os israelitas que, o sistema sacrifical constituía-se o evangelho. Mostrava-lhes o caminho para comungar com Deus e com Ele manter sempre um relacionamento amistoso. Sobretudo, desejava o Senhor impressioná-los com o centro desse sistema, que era a solene verdade que o pecado ocasiona a morte. Daí, durante todo o ano, no templo, diariamente, de manhã e à tarde, era oferecido em holocausto um animal.
Outrossim, deveriam compreender que o perdão do Céu só seria possível única e exclusivamente através da confissão do pecador e a intercessão do sangue; nesse caso, o sangue do animal imolado. Após o ritual, o pecador saía da presença do sacerdote. Estava perdoado. Justificado de suas faltas e pecados. Mas... qual foi o preço? A vida do animal. Portanto, o perdão custa caro. Isso deveria impressionar de tal forma o pecador que o levasse a viver em retidão e obediência aos Dez Mandamentos. Toda vez que qualquer israelita pecasse deveria seguir esses passos, e a cena se repetiria infindamente, até que surgisse Aquele que daria Sua vida para salvar o homem de seus pecados – Jesus – para quem apontava todo esse ritual.
Por outro lado, a Lei Moral também é o aio que leva o pecador a Cristo, quando ela o acusa por alguma transgressão de seus mandamentos, e este sente a necessidade do perdão, e o busca pela fé, na Graça de Cristo.
O capítulo 4 de Gálatas é fascinante em sua apologia. Paulo irá mostrar aquilo que para eu e você está claro: “O evangelho nos isenta da lei”. Mas... logicamente, da Lei Cerimonial. Não esqueça o que disse o Dicionário Bíblico. Assim é que no verso 4 do capítulo 4, diz Paulo: “Mas vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou Seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei.”
Certíssimo! Ao nascer Jesus, o ritual mosaico, ou sistema sacrifical, estava em franco funcionamento, muito embora bem distante daquilo que o Senhor Deus pretendia. Os judeus perverteram todo aquele belo e tremendo ritual, e o transformaram em mero “caça-níqueis”. Os próprios sacerdotes se empenhavam em fomentar e incentivar o pecado, para que o pecador lhes comprasse as ofertas, que, para facilitar, já as tinham dentro das dependências do templo, transformando a Casa de Deus em um mercado barulhento e fedentino (o átrio era de fato um curral), para vendê-las ao preço que lhes conviesse (Mat. 21:12). Por isso está certo Paulo: Jesus nasceu quando este estado de coisas evidenciava-se. E para confirmar a palavra paulina, lembramos que os pais terrestres de Jesus seguiram todos os trâmites legais da Lei Cerimonial, inclusive circuncidando-O, dentro do prazo estatuído por Moisés. Portanto, “nascido sob a lei”, isto é: sob sua atuação e vigência, está claro.
Gálatas 4:5
“Para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos.”
Se a Lei Cerimonial apontava para Cristo, como afirma Paulo, pois era o seu único papel, Ele viria exatamente para tomar o lugar da oferta que era morta no ritual da manhã, da tarde e pelo pecado, e acabar com todos os símbolos que apontavam para Sua obra redentora. Por isso recebemos a “adoção de filhos”, ou seja: fomos criados à imagem de Deus; arrebatados pelo pecado, perdemos essa condição de filhos; entretanto, agora, arrancados das garras de Satanás, fomos “adotados” por Cristo, pelo Seu sangue e maravilhoso sacrifício na cruz do Calvário, graças à Deus! Paulo procurava insistentemente mostrar aos gálatas que, com a vinda do Messias Jesus, o homem não mais podia ser salvo sob o judaísmo, escorado na Lei Cerimonial.
O passo seguinte seria também difícil de dar, não fosse a maneira como estamos estudando esta epístola. Felizmente você e eu adotamos a maneira correta de estudar a Bíblia, não é? Assim é que, Gálatas 4: 9 e 10, estudado em concordância com o contexto, dentro da sequência do pensamento paulino, dará também sua mensagem certa, e não aquela que os pregadores de hoje estão ensinando, que não corresponde à verdade e, muito menos, ao desejo do apóstolo. Diz ele:
Gálatas 4: 9-10
“Mas agora, conhecendo a Deus, ou antes, sendo conhecidos de Deus, como tornais outra vez a esses rudimentos fracos e pobres, aos quais de novo quereis servir? Guardais dias, e meses e tempos e anos.”
Tenho certeza que você sabe onde enquadrar “esses rudimentos fracos e pobres”. Naturalmente se você leu as MÁXIMAS PAULINAS, já bastaria. Entretanto, deixaremos bem gravado que a “lei” enfocada novamente por Paulo, agora neste capítulo, é aquela que o nosso bom dicionário bíblico diz ser: Lei Cerimonial, porque:
• Na sequência do pensamento de Paulo, está ele mostrando a inutilidade daquelas cerimônias introduzidas pelos judaizantes em sua ausência. Diz que é maldito (Gál. 3:10) todo aquele que praticar aquelas obras, depois que se tornaram obsoletas. Por outro lado, na Lei Moral não existem cerimônias. Ela enobrece o homem, moraliza-o, dignifica-o, daí não conter maldição.
• Menciona Paulo que a Lei Cerimonial foi escrita em um livro (Gál. 3:10), ao passo que a Lei Moral foi escrita em blocos de pedra (Êxo. 31:18).
• Diz Paulo que a Lei Cerimonial tinha um propósito: mostrar a obra redentora de Cristo. E isso não pode ser requerido da Lei Moral. Nos Dez Mandamentos não há ordem para circuncidar, nem matar animais, ou outro ritual qualquer, os quais simbolizavam e apontavam a obra expiatória de Jesus.
• Ninguém será maldito por guardar a Lei Moral; pelo contrário, ela ajuda o homem a tornar-se elevado, nobre, de bons princípios, correto. Afinal, é a “Lei Real”. A lei do Céu (Tiago 2:8).
• A Lei Moral não tem “rudimentos”, e sim, “mandamentos”.
Paulo, referindo-se à Lei Moral, disse:
Romanos 7: 12 – “E assim a lei é santa, e o mandamento santo, justo e bom.”
– Viu? Mandamento, e não rudimento!
Romanos 3: 31 – “Anulamos pois a lei pela fé? De maneira nenhuma; antes, estabelecemos a lei.”
Fica, por conseguinte, claríssimo que a “lei” de “rudimentos fracos e pobres” jamais pode ser a Lei Moral dos Dez Mandamentos, que é enaltecida por Paulo, e que mesmo a fé não a pode anular.
• Portanto, a Lei Cerimonial é que se enquadra no texto, pois ela, sim, tem “rudimentos”, e estes são, sem dúvidas, “fracos e pobres”, foram e são impotentes para justificar. Cumpriram sua missão e pronto. Acabou. E note o paradoxo: os rudimentos foram anulados pela fé em Cristo.
• A Lei Moral não exige a guarda de “dias” e sim de “um” dia, ordenado por Deus – o Sábado – memorial eterno do poder criador de Jeová.
• Na Lei Cerimonial havia sim: “dias”, “meses” e “anos”. Eram sete festas anuais, consideradas feriados altamente solenes, a saber:
GRÁFICO 11 – FESTAS E PÁSCOA
Essas festas se davam durante o transcorrer do ano judaico. Eram datas fixas em dias móveis. Por exemplo, data fixa quer dizer: um dia de determinado mês. Dia móvel indica que esse dia podia cair em uma segunda-feira, quarta, quinta, Sábado, etc. (Assim como o nosso sete de Setembro que é feriado nacional, não cai continuadamente no mesmo dia da semana, porém, é uma data fixa – sete de Setembro). Eram “dias” guardados com tanta solenidade pelos judeus que se assemelhavam ao Sábado do sétimo dia da semana, pois que, naqueles “dias” em que caíam tais festas, toda a nação parava. Os afazeres cotidianos e seculares findavam, semelhante ao que faziam durante o Sábado do Senhor. Aliás, também eram esses “dias” apelidados de sábados (Isa. 1:13; Osé. 2:11).
OBSERVE ESTE PORMENOR:
A páscoa ocorrida na última semana de vida do Senhor coincidiu cair no dia de Sábado do sétimo dia da semana; por isso foi “grande aquele Sábado” (João 19:31). Era um sábado cerimonial, dentro do Sábado moral.
Assim que, os gálatas guardavam “dias” (eram esses feriados), “meses” (porque eram meses fixos), e “anos” (durante todos os anos, até a morte de Jesus – Heb. 10:1). Exatamente como enfatizou Paulo aos gálatas, que retornavam ao judaísmo, empurrados pelos professores judaizantes.
Portanto, nada mais claro e lógico que a “lei” insistentemente abordada por Paulo aos gálatas não é outra senão a Lei Cerimonial. É o que diz a Bíblia. Resta de sua parte, irmão, a decisão para aceitar.
O capítulo 5 de Gálatas é altamente importante, dada a sua clareza meridiana no contexto de toda a epístola, cujo tema principal abordado inegavelmente é a circuncisão.
Gálatas 5:1-4
“Estai pois firmes na liberdade com que Cristo vos libertou, e não torneis a meter-vos debaixo do jugo da servidão. Eis que eu, Paulo, vos digo que, se vos deixardes circuncidar, Cristo de nada vos aproveitará. E de novo protesto a todo homem que se deixa circuncidar, que está obrigado a guardar toda a lei. Separados estais de Cristo, vós, os que vos justificais pela lei; da Graça tendes caído.”
Pare um pouquinho, mas não tire sua atenção de Gálatas.
Vamos dar um pulinho lá em Jerusalém.
Atos 15: 5
“Alguns, porém, da seita dos fariseus... se levantaram, dizendo que era mister circuncidá-los e mandar-lhe que guardassem a LEI DE MOISÉS”
GRAVE ESTE DETALHE: Paulo diz aos gálatas, que, quem “se deixa circuncidar... está obrigado a guardar toda a lei.” – Responda: Qual a lei que continha a CIRCUNCISÃO como um mandamento: Moral ou Cerimonial?
Observe que Paulo novamente enfatiza o tema central especulativo da epístola: a circuncisão. Os gálatas buscavam com “denodo e muita severidade” a justificação pelas suas próprias obras, e o apóstolo sabia que nada disso tinha valor; mesmo que eles observassem todos os ritos mosaicos com a maior sinceridade, de nada adiantaria. O homem só será justificado e salvo pela sua fé em Cristo, nada mais. Paulo então determina, como que cansado de falar, arguir e repreender: “Se vos deixardes circuncidar, Cristo de nada vos aproveitará”. E isso é fácil de compreender agora, pelo estudo que fazemos de toda epístola, não é?
Cristo Jesus morreu. Sua morte cancelou a Lei Cerimonial. Agora era mister apenas exercer fé no ressurreto Filho de Deus, para que o homem fosse justificado. Isso é Graça. Se os gálatas continuassem a buscar justificação pelo cumprimento e prática das obras da Lei Cerimonial, a Graça não teria nenhum valor para eles. Por certo, “da Graça cairiam”. Por quê?
Gálatas 5:6
“Porque em Jesus Cristo nem a circuncisão nem a incircuncisão tem virtude alguma; mas sim a fé que opera por caridade.”
Que clareza meridiana! Que declaração límpida! Inteligível! Perceptível! Só a mente infantil, desinteressada, ou enferma, deixará de alcançar que Paulo passou toda a epístola digladiando, lutando para colocar na mente dos gálatas que o ritual da circuncisão, sendo parte integrante e saliente dos dogmas cerimoniais, perdera o seu valor e significado com o advento do Messias. Aliás, para eles isso não era uma doutrina nova; fora o evangelho que Paulo lhes pregou anteriormente. Eles haviam aceitado desta forma e até posto em prática, pois o que se depreende do versículo seguinte é isso:
Gálatas 5:7
“Corríeis bem; quem vos impediu para que não obedeçais à verdade?”

“QUEM VOS IMPEDIU...?”
Observe a enfática indagação de Paulo:
Quem?... Os professores judaizantes heréticos. Eles adoçaram sua mensagem de tal maneira, que não demorou muito e os gálatas estavam todos embevecidos e apegados à circuncisão. Os tais professores, naturalmente, devem ter-se servido de argumentos contundentes, pois que, deixar os ensinamentos de Paulo anteriormente recebidos, para aceitar aquelas ordenanças agora apagadas, sem vida ou qualquer significado cristão, é demais. Leia com atenção estes depoimentos:
“Em quase todas as igrejas havia alguns membros que eram judeus de nascença. A estes conversos os ensinadores judeus acharam fácil acesso, e, por meio deles, obtiveram apoio nas igrejas. Era impossível, por argumentos escriturísticos, subverter as doutrinas ensinadas por Paulo; por isso eles recorreram às medidas mais inescrupulosas para neutralizar sua influência e enfraquecer sua autoridade. Declararam que ele não tinha sido discípulo de Jesus e não tinha recebido dEle encargo; todavia ousava ensinar doutrinas diretamente opostas àquelas mantidas por Pedro, Tiago e outros apóstolos. Assim os emissários do judaismo tiveram êxito em alienar muitos dos conversos cristãos de seu instrutor do evangelho. Tendo obtido seu desígnio, induziram-nos a retornar à observância da Lei Cerimonial como sendo essencial à salvação. A fé em Cristo e a obediência à Lei dos Dez Mandamentos foram consideradas de importância secundária. Divisão, heresia e sensualismo rapidamente obtiveram terreno entre os crentes da Galácia.” – The Seventh Day Adventist Bible Commentary, vol. 6, pág. 1108. Grifos meus.
“A sua relação com a Lei Cerimonial (Col. 2: 15-16). As festas, os dias santos e outras observâncias cerimoniais judaicas não passam de símbolos e figuras representando Cristo. Agora, desde que Cristo veio e cumpriu os símbolos, os mesmos tornam-se desnecessários.” – Pr. Myer Pearlman (teólogo Assembleano), Através da Bíblia, pág. 293.
Novamente o paladino da verdade não se faz por esperar e levanta sua voz já quase rouca:
Gálatas 5:10,12
“Confio de vós, no Senhor, que nenhuma outra coisa sentireis; mas aquele que vos inquieta, seja ele quem for, sofrerá a condenação... Eu quereria que fossem cortados aqueles que vos andam inquietando.”
Paulo pregara o evangelho da liberdade. Cristo concedera a liberdade facultada pelo evangelho. Fé, somente fé em Seu sacrifício. Fé e testemunho em favor de Cristo, eis tudo que era necessário. Entretanto, queriam novamente os gálatas meter-se debaixo da servidão do ritual mosaico; reviver os momentos do sistema sacrifical e da infinidade de cerimônias, agora inúteis e sem nenhuma expressão, pois Jesus Cristo, O Justo, tornara-Se a oferta viva pelo pecado, o Cordeiro Pascal e, assim, abolira a Lei Cerimonial, conforme a mesma segura e abalizada palavra do apóstolo Paulo, ouça:
Colossenses 2:14:
“Havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária..., cravando-a na cruz.”
Efésios 2:15:
“Na Sua carne desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças, para criar em Si mesmo dos dois, um novo homem, fazendo a paz.”
Foi realmente o que aconteceu. Quando exangue o Salvador expirava na cruz, lá no templo de Jerusalém o sacerdote se preparava para oficiar o ritual da tarde, alheio ao magistral acontecimento daquele fatídico dia. O cordeirinho estava amarrado sobre o altar, semelhante ao que era feito por milênios. Naquela tarde, como de costume, o animalzinho seria sacrificado. Ao bradar Jesus na cruz, “está consumado”, toda a natureza demonstrou sua repulsa pelo tétrico quadro, retirando sua luz natural, e os elementos, entrando em comoção, suspiravam pela vida de seu Criador, enquanto que, miraculosamente, o nédio cordeiro se desprende do altar e foge, deixando espavorido o sacerdote ministrante que, para seu completo torpor, nota que o véu do templo que separava o lugar santo do santíssimo, rasga-se de alto a baixo por mãos potentes e invisíveis (Mat. 27:51). Era o cumprimento in-loco de todas as profecias messiânicas do Antigo Testamento. Em especial a de Daniel, que agora cumpre-se fidedignamente:
Daniel 9:27
“E Ele firmará um concerto com muitos por uma semana; e na metade da semana fará cessar o sacrifício e as ofertas de manjares...”
Terminara portanto o ritual que, por milênios, impressionara os judeus. Pendia altaneiro do Gólgota o Messias Jesus, a sombra e figura que apontavam todos aqueles ritos cerimoniais (Heb. 9). Por conseguinte, agora a cruz tornara-se o emblema de fé, símbolo de salvação. Findara o tempo da justificação pelas obras da Lei Cerimonial, e raiava o tempo da justificação pela fé em Cristo. E isso os gálatas rejeitavam, absorvidos que estavam pelo vento de doutrina dos “professores judaizantes”.
Paulo vai agora exteriorizar seu descontentamento abertamente, por aqueles ensinadores heréticos que, no seu entender, queriam apenas se gloriar de que leva-ram os gálatas de volta ao judaísmo, rejeitando assim a mensagem pura e genuína do Evangelho Cristocêntrico.
Gálatas 6:12
“Todos os que querem mostrar boa aparência na carne, esses obrigam a circuncidar-vos, somente para não serem perseguidos por causa da cruz de Cristo.”
Paulo quer dizer que os “professores judaizantes” combatiam o cristianismo porque este exige renúncia e decisão; sobretudo vivê-lo era expor-se ao escárnio bem como à morte, riscos a que Paulo nunca fugiu (II Cor. 11:23-28). E eles não desejavam isso. Como bem dissera o apóstolo, o que não queriam era “ser perseguidos por causa da cruz de Cristo”. No entanto, na igreja pareciam verdadeiros cordeirinhos, de fala macia e gestos delicados. Tudo fingimento. O que desejavam, de fato, era minar, destruir a fé dos crentes da Galácia. Lamentavelmente conseguiram. Levaram-nos a enamorar-se da circuncisão e colocá-la em prática, em plena ascensão do cristianismo. (Conseguiram, inclusive, levá-los a se constituírem inimigos do apóstolo Paulo – Gál. 4:16).
É como hoje: Se por um lado não se corre risco nenhum de nomear-se o nome de cristão, podendo portanto testemunhar abundantemente da cruz do Salvador, há por outro, uma enorme tendência de transigir com o pecado, conformando-se com o erro, e por pouco, quase nada, deixa-se cair o estandarte ensanguentado do Filho de Deus.
Milhares também aceitam o Sábado, o 4º mandamento da Lei Moral, como o Dia do Senhor, separado e santificado para observância, mas, porque lhes faltam coragem para colocar em prática essa fé, por medo de pedí-lo ao patrão, não o observam. Fecham assim a torneira das bênçãos celestes. Desobedecem a Deus e submetem-se aos homens. Por favor, amado, não se conforme com “tostões”. Satisfaça-se só com “milhões”. Você é que determina a quantidade de bênçãos que quer. O reservatório celeste continua cheio. Fé é o meio de abrí-lo, mas uma fé operante, traduzida em obediência. Reclame a palavra empenhada do seu Poderoso Deus. Aleluia!
Ainda está na arena o paladino da verdade – o defensor do cristianismo:
Gálatas 6:13
“Porque nem ainda esses mesmos que se circuncidam guardam a lei, mas querem que vos circuncideis para se gloriarem na vossa carne.”
Neste versículo, Paulo deixa claro que todo o tema e preocupação da epístola são motivados pela circuncisão. Assim aceitarão os sinceros de coração que são os “cidadãos do Céu”, porque, afirma o apóstolo, aqueles heréticos ensinadores (“professores judaizantes”) que insuflaram novamente a circuncisão na igreja dos gálatas, eles mesmos não guardavam a Lei Cerimonial, pois que esta não se compunha apenas do rito da circuncisão mas de uma infinidade de abluções, ofertas, sacrifícios e ordenanças.
Agora, prezado irmão, apelo à suprema sinceridade de seu coração anelante pela verdade, para o desfecho da epístola, que foi dramaticamente enfatizado por Paulo:
Gálatas 6:15
“Porque em Cristo Jesus nem a circuncisão nem a incircuncisão tem virtude alguma, mas sim o ser uma nova criatura.”
Ser uma nova criatura, resgatada pelo sangue de Jesus, transformada pela fé no imaculado Salvador, era este o desejo de Paulo para os crentes da Galácia. E isso só era e é possível quando o homem crê em Cristo Jesus como seu Salvador pessoal, demonstrando sua fé através de uma vida de obediência, culminada com o ato público do batismo cristão. Portanto, cerimônias, ritos, circuncisão, eram inúteis, impraticáveis no que concerne à justificação da parte do Senhor Jesus.
“Uma nova criatura”. Eis o que Deus quer.
Você gostaria de ser uma nova criatura? Se deseja!...
Viaje em pensamento até a Igreja de Corinto, sente-se no primeiro banco, poste-se diante do Rei do Céu, pois convidamos o campeão da cruz, para pregar um grandioso sermão para você. Ei-lo:
I Coríntios 7:19
“A circuncisão é nada e a incircuncisão nada é, mas sim a observância dos mandamentos de Deus.”
Ouviu? Gravou?
Aqui, Paulo define claramente as duas leis no conflito dos gálatas. Nega com veemência a lei da circuncisão (cerimonial) e realça os mandamentos de Deus (Lei Moral).
Assim, caro irmão, descoberta qual foi a Lei que Paulo menciona insistente e exaustivamente na Epístola aos Gálatas, cuja preocupação geral foi a circuncisão, isto é, a Lei Cerimonial, resta para você uma alternativa, bem como uma oportunidade, se é que até hoje não a compreendeu: Guardar a “lei” que Paulo menciona aos coríntios, que é: A Lei Moral dos Dez Mandamentos, aquela que não muda, é eterna, (Rom. 7:12) é justa, é boa, escrita duas vezes pelo dedo de Deus (Êxo. 31:18), em tábuas de pedra, e hoje, sob o Novo Concerto, escrita nas tábuas de carne de nosso coração, conforme as palavras de Hebreus 8:10 e Jeremias 31:33.
Esta gloriosa lei que revela a condição do homem, que lhe mostra o pecado, que é sobretudo o fundamento do governo de Deus, e de Seu caráter, será a norma de justiça no grande julgamento do Senhor, o Dia do Juízo. Tiago 2:12.
Meu irmão, decisão envolve coragem. Você é corajoso. Decida-se. Siga as pisadas de seu Mestre. Ele é seu sustentáculo. Ele lhe dará poder. Você será um vencedor, ao aceitar e praticar o que diz a Bíblia.

(Extraído do livro "Assim Diz o Senhor" - Lourenço Gonzales)

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

As Sete Igrejas

AS SETE IGREJAS


INTRODUÇÃO

PATMOS E O IMPÉRIO ROMANO


Apocalipse 1:9

“Eu, João, que também sou vosso irmão, e companheiro na aflição, e no reino, e paciência de Jesus Cristo, estava na ilha chamada Patmos, por causa da Palavra de Deus, e pelo testemunho de Jesus Cristo.”

O império romano tem uma conta muito alta à prestar no dia do juízo.
Começando por:

Augusto (primeiro imperador romano);
Tibério (14 d.C.);
Calígula (o meio louco – 37 d.C.);
Cláudio (41 d.D.);
Nero (o infame - 54 d.C.) que na casa dos 20(vinte) anos de idade, ordenou a decapitação de Paulo e incendiou Roma na tentativa de “limpar” uma área suficiente para construir um novo e grande palácio e quando o fogo fugiu ao seu controle, danificando 10(dez) dos 14(quatorze) distritos de Roma, Nero, para tentar acalmar centenas de milhares de pessoas que perderam suas casas e negócios, aprisionou diversos cristãos como bodes expiatórios. Abriu seus jardins particulares e promoveu um grande “espetáculo” público. O historiador romano Tácito, conta-nos que Nero “vestiu” alguns dos cristãos com peles de animais e depois os “serviu” como banquetes aos cães ferozes. Outros cristãos foram crucificados ou queimados vivos, a fim de prover iluminação à noite, como se fossem luminárias de vias públicas.

Com a morte de Nero em 68 d.C., surgiram 3(três) imperadores transitórios:
Galba, Oto e Vitélio.
Em seguida veio Vespasiano que comandou a Guerra Judaica e quando faleceu em 79 d.C., seu filho Tito o sucedeu e era considerado o “mui querido dos romanos.”
Em 81 d.C., dois anos mais tarde, Domiciano, irmão mais velho de Tito, chegou ao poder do império romano. Tito fora bem sucedido no seu mandato, mas, Domiciano era mal-humorado, perdedor nato. A sociedade romana lhe recusou o respeito do qual se julgava merecedor, então, ele declarou-se a si próprio como divino, exigindo adoração. Intitulou-se oficialmente como “Senhor” e “Deus”. Poetas subservientes chegaram a descrever como “sagrados” até mesmo os peixes que ele comia.
João foi aprisionado por Domiciano e banido para a ilha de Patmos em 94 d.C. Patmos estava situada a aproximadamente 90(noventa) quilômetros ao sul de Éfeso, no mar Egeu, próxima a costa da Ásia menor. Em Patmos, a ilha do desterro dos criminosos, principalmente políticos, João teve suas visões, até que Domiciano foi morto e em 96 d.C., o imperador Nerva subiu ao trono e João, juntamente com outros cristãos, gozaram de anistia política retornando a Éfeso, onde concluiu a redação do apocalipse, chegando a falecer com cerca de 100(cem) anos de idade, sendo o único dos 12(doze) apóstolos a morrer de morte natural.

A PRIMEIRA VISÃO

Apocalipse 1:10 “DIA DO SENHOR”

“Achei-me em espírito no dia do Senhor, e ouvi, por detrás de mim grande voz como de trombeta”

A sentença “dia do Senhor” vem do grego “Kuriake Hemera”. Alguns cristãos dizem “dia do Senhor” se refere ao primeiro dia da semana, o domingo, simplesmente por ter Jesus ressuscitado num domingo. Não encontramos respaldo bíblico para isso. Apesar de Cristo ter ressuscitado num domingo, a Bíblia, nem o próprio Jesus, o menciona como “dia do Senhor”.
Vamos mencionar algumas passagens que mostram qual é o “dia do Senhor”:

Isaias 58:13-14

“Se desviares o pé de profanar o sábado, e deixares de prosseguir nas tuas empresas no meu santo dia; se ao sábado chamares deleitoso, e santo dia do Senhor, digno de honra; se o honrares, não seguindo os teus caminhos, nem te ocupando nas tuas empresas, nem falando palavras vãs; então te deleitarás no Senhor, e eu te farei cavalgar sobre as alturas da terra, e te sustentarei com a herança de teu pai Jacó; porque a boca do Senhor o disse.”

Êxodo 20:10

“Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR teu Deus...”

Êxodo 16:23

“Amanhã é repouso, o santo sábado do SENHOR”

Êxodo 16:25

“O sábado é do SENHOR”

Ezequiel 20:12

“Também lhes dei os meus sábados para servirem de sinal entre mim e eles”

Ezequiel 20:20

“Santificai os meus sábados, pois servirão de sinal entre mim e vós”

Marcos 2:28

“De sorte que o Filho do Homem(Jesus) é Senhor também do sábado”

Poderíamos citar outros textos, mas, acredito que estes já são suficientes para comprovar que o “dia do SENHOR” é de fato o sábado. Mesmo diante de tantos textos que a Bíblia oferece,alguns ainda duvidam que João se referia ao sábado quando usou a expressão “dia do senhor”. O curioso de tudo isso é que quando João escreveu seu evangelho, ele não mencionou o “primeiro dia da semana” como “dia do senhor” (João 20:1). Diversos comentaristas bíblicos sabem que João escreveu seu evangelho em Éfeso, no ano 97 d.C. e, portanto, depois de ter escrito o apocalipse. Se realmente o “dia do senhor” fosse o primeiro dia da semana, certamente João o teria dito quando escreveu seu evangelho após retornar da ilha de Patmos.

JESUS NO MEIO DOS SETE CANDEEIROS

Apocalipse 1:12,13

“E voltei-me para ver quem falava comigo. E, ao voltar-me, vi sete candeeiros de ouro, e no meio dos candeeiros um semelhante a filho de homem”

A) QUEM FALAVA COM JOÃO E QUAIS SUAS CARACTERÍSTICAS?

“Um semelhante a filho de homem” (Apocalipse 1:13)
“Olhos como chamas de fogo” (Apocalipse 1:14)
“Pés, semelhante ao bronze polido” (Apocalipse 1:15)

Podemos perceber que se trata de Jesus, pois, Ele mesmo disse: “Estas coisas diz o Filho de Deus, que tem os olhos como chama de fogo e os pés semelhantes ao bronze polido” (Apocalipse 2:18)

B) ONDE ESTAVA JESUS E O QUE ESTAVA SEGURANDO?

“No meio dos candeeiros” (Apocalipse 1:13)
“Tinha na mão direita sete estrelas” (Apocalipse 1:16)
“As sete estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete candeeiros são as sete igrejas” (Apocalipse 1:20)

C) QUAIS ERAM AS SETE IGREJAS?

“Dizendo: o que vês escreve em livro e manda às sete igrejas: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia.” (Apocalipse 1:11)

D) POR QUE SÓ SETE IGREJAS E NÃO ÀS OUTRAS?

A primeira vista dá a entender que na Ásia só havia sete igrejas cristãs no tempo de João e que só à elas foi dedicada a mensagem do livro do Apocalipse. Mas, sabemos que isso não é verdade, pois, podemos citar como exemplo outras igrejas que lá existiam naquela época, tais como: Galácia(para onde Paulo enviou uma de suas cartas); Colosso(também recebeu uma carta de Paulo); Mileto; Troas; Perge; Icônio; Listra; Derbe; Antioquia, etc.

Se o apocalipse é uma mensagem de Deus só para aquelas sete igrejas, não deveriam existir outras e as sete deveriam existir até agora e até a volta de Cristo, pois todas as cartas enviadas às sete igrejas terminam dizendo que o vencedor receberá algo. Notamos também que essas sete igrejas não mais existem naquelas cidades da Ásia. Por que, então só às sete foram privilegiadas com essas cartas?

Se prestarmos atenção há um fato curioso no final de cada carta onde diz: “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.” Concluímos que cada carta não é dirigida somente à igreja a que se destina, mas a muitas outras igrejas.

Outro fato interessante foi o que Jesus falou aos discípulos, mandando-os pregar o evangelho a todas as nações e prometendo estar com eles “todos os dias até a consumação dos séculos” (Mateus 28:19 e 20). Ora, para fazer isso seria necessário fundar igrejas em toda a terra e não apenas na Ásia.

Vale salientar também que Jesus apresenta-se andando “no meio dos sete candeeiros” e, como já vimos em apocalipse 1:20, os candeeiros são as igrejas. Como Jesus pode estar “andando no meio das sete igrejas” se elas não mais existem na Ásia?
Tudo isso comprova que as sete igrejas são um símbolo da história da igreja cristã desde a época dos apóstolos até a vinda de Cristo outra vez. Cristo, em sua sabedoria, utilizou tanto os nomes, a história das sete cidades, bem como características das igrejas daquelas cidades, para identificar sete períodos ou sete fases na história de Sua igreja cristã, desde os apóstolos até o fim da história da humanidade.

E) QUEM SÃO OS ANJOS DAS SETE IGREJAS?

A palavra “anjo” provém do grego “AGGELOS”, cujo significado é “MENSAGEIRO” ou “EMISSÁRIO”. No novo testamento ela é aplicada a:
João Batista (Marcos 1:2);
Os discípulos de João Batista (Lucas 7:24);
Os discípulos de Jesus (Lucas 9:52);
Raabe também recebeu os “emissários” (aggelos), como espias (Tiago 2:25). Sabemos que os anjos de Deus são enviados por Ele para nos auxiliar, mas, não faz sentido Jesus mandar João escrever cartas para esses anjos, seres invisíveis, pois, de nada aproveitaria as Suas igrejas.

Sendo assim, concluímos que OS DIRIGENTES, OS MINISTROS, A DIREÇÃO RESPONSÁVEL PELA IGREJA, É CHAMADA DE “ANJO.

O fato de Jesus referir-se aos “anjos” (ministros) como “estrelas seguras em Sua mão direita, é uma linguagem tirada do livro de Daniel 12:3, para aqueles que ensinam o caminho da justiça. Do mesmo modo como as estrelas brilham pelo poder de Deus, os ministros fiéis no seu sagrado dever, terão o brilho de Jesus, contudo, devem entender que dependem inteiramente dEle e não dos homens, pois, caso não cumpram sua missão fielmente de dirigir a igreja do SENHOR como Ele quer, serão jogados pela mesma mão que os sustenta.


JESUS CUIDA DE SUAS IGREJAS

Uma das tarefas do Sumo Sacerdote no santuário israelita, era a de cuidar diariamente para que o candelabro estivesse sempre com azeite (óleo de oliva) a fim de manter continuamente acesas as sete lâmpadas do candeeiro (Levítico 24:1-4).
Em apocalipse 2:1, Jesus anda no meio dos sete candeeiros, ou seja, Ele é nosso Sumo Sacerdote e anda no meio de Sua igreja, que são os candeeiros (Apocalipse 1:20). Seu objetivo é cuidar para que Sua igreja “brilhe” como a luz do mundo, tal qual o Sumo Sacerdote fazia com o candelabro do santuário, cuidando para que sempre tivesse azeite. Para que Sua igreja reflita a luz que vem dEle, em cada carta, destacam-se 7(sete) características que são:

1 – DESCRIÇÃO DE CRISTO
2 – CRISTO CONHECE
3 – LOUVOR, ELOGIO, APRECIAÇÃO
4 – REPREENSÃO, REPROVAÇÃO
5 – CONSELHO
6 – AVISO, ADVERTÊNCIA
7 – PROMESSA, RECOMPENSA


Já tivemos uma visão panorâmica das sete cartas que Jesus enviou às sete igrejas e agora, vamos analisar cada uma das 7(sete) cartas detalhadamente. Veremos que algumas delas, não trazem uma ou outra das sete características que acabamos de mencionar, obviamente em virtude de ter Cristo achado que não era necessário as sete características para todas as sete igrejas.

1ª CARTA
CARTA À IGREJA EM ÉFESO



NOME DA IGREJA...................................... ÉFESO
SIGNIFICADO.............................................. DESEJÁVEL
PERÍODO APROXIMADO.......................... Ano 31 – 100 d.C.
TEXTO BÍBLICO......................................... APOCALIPSE 2:1-7

A definição da palavra Éfeso é “desejável”. A cidade de Éfeso estava localizada numa “desejável” posição geográfica. O nome desejável a identifica perfeitamente, pois, a igreja apostólica, realmente, era desejável aos olhos de Deus, tendo ao seu favor os seguintes aspectos:

 Fundada diretamente por Cristo, os primeiros líderes aprenderam dEle.
 Era uma igreja fiel aos princípios fundamentais da sã doutrina ensinada por Cristo.
 Possuía o poder d chuva temporã, o Espírito Santo e seus maravilhosos dons.
 Não faltaram grandes profetas.
 Obras maravilhosas eram manifestadas em seu meio.
 A ação missionária era inigualável e extensiva.
 O melhor testemunho fiel em favor de Jesus.

AS CARACTERÍSTICAS DA CARTA À ÉFESO


1 – DESCRIÇÃO DE CRISTO – Aquele que tem 7 estrelas, anda no meio dos 7 candeeiros.

Já comentamos que os “candeeiros” são as igrejas em seus diversos períodos e também já abordamos que os “anjos” são os ministros, a direção responsável pela igreja, em cada época da história, desde a era apostólica até a volta de Cristo.

2 – CRISTO CONHECE – Obras, labor, perseverança.

Cristo lhe conhece muito bem. Ele sabe se suas obras são boas ou más. Sabe de tudo que você tem feito ou está pensando em fazer. As profundezas de cada coração estão claras e abertas aos olhos de Deus. Ele sabe se você tem perseverado ou está desistindo dEle.

3 – LOUVOR, ELOGIO, APRECIAÇÃO – Não esmoreceu, suporta provas, prova os que ensinam, odeia obras dos Nicolaítas.

Todos os apóstolos, com exceção de João, foram assassinados. Nero foi um dos primeiros a lançar mão da espada contra a igreja vitoriosa. Mandou tocar fogo em Roma no dia 19 de julho de 64 d.C. e acusou os cristãos de terem feito isso. Cobriu alguns cristãos com peles de animais, para serem devorados por cães. Foram pregados em cruzes ou cravados em estacas no chão, que lhes furavam a garganta. Eram vestidos com túnicas ensopadas de um tipo de combustível e acesos como tochas humanas para espetáculo público.
Os Nicolaítas (mencionados também na carta à Pérgamo) eram cristãos que seguiam certas doutrinas e práticas contrárias à revelação. Ensinavam que a sensualidade não contaminava o espírito, reinando entre eles, a libertinagem sensual, a exaltação do adultério, a permissão de comer coisas sacrificadas aos ídolos. Além disso, negavam a divindade de Cristo.

4 – REPREENSÃO, REPROVAÇÃO – Abandonou o primeiro amor.

Com a morte dos apóstolos, os cristãos que tomaram seus lugares, perderam aquele “fogo” espiritual do primeiro amor por Jesus e o evangelho. Dessa maneira, permitiram que ingressasse na igreja uma falta de amor pelas almas por quem Cristo deu a vida, gerando desânimo e falta de fervor.

5 – CONSELHO – Lembra-te de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras.

6 – AVISO, ADVERTÊNCIA – Candeeiro será removido, caso não te arrependas.

Se a igreja não atendesse a admoestação, não voltando ao primeiro amor, à prática das primeiras obras, Jesus moveria do seu lugar, o “candeeiro”, ou seja, Jesus privaria a igreja da luz e das bênçãos do evangelho, que até ali estavam ao seu alcance, para confia-las a outras mãos.
A indiferença é uma das piores coisas na vida espiritual. Só aceitar a verdade, meramente, sem vive-la, não salva ninguém. É necessário viver a verdade com zelo e fervor.

7 – PROMESSA E RECOMPENSA – O vencedor comerá da árvore da vida.

Vencer o quê?
Dois mundos devem ser conquistados na batalha da vida. O mundo interior e o exterior.
Temos uma grande batalha a travar com nosso próprio eu, que gosta das coisas desse mundo. Somente o apego a Jesus e a Sua palavra, fará com que o cristão seja um vitorioso diante de tantas coisas que o inimigo coloca no mundo para nos distrair e ocupar nossa mente.
Quem sair vitorioso do conflito entre Cristo e Satanás, terá o direito de comer da árvore da vida, que Adão e Eva perderam.

2ª CARTA
CARTA À IGREJA EM ESMIRNA



NOME DA IGREJA..................................... ESMIRNA
SIGNIFICADO............................................. Mirra=Perfume(CHEIRO SUAVE)
PERÍODO APROXIMADO......................... Ano 100 – 313 d.C.
TEXTO BÍBLICO........................................ APOCALIPSE 2:8-11

Esmirna significa Mirra = “perfume” ou “Cheiro Suave”. Mirra, em si mesma, é uma pequena planta, que quando esmagada, desprende uma resina aromática de cheiro agradável e de sabor amargo. Entrou na composição aromática do óleo da unção do santuário, seu mobiliário e seus sacerdotes (Êxodo 30:22-30).
Davi e Salomão empregaram a mirra como figura da agradável fragrância que emana do caráter de Cristo (Salmo 45:8; Cântico dos Cânticos 1:13). Um dos presentes que Jesus recebeu, ao nascer, foi mirra (Mateus 2:11). Na Sua morte, Jesus foi ungido com mirra para Sua sepultura (João 19:39-40).
O caráter de Sua igreja, que não deve ser diferente do dEle, é também simbolizado pelo perfume da mirra.
Da mesma forma que a pequena planta chamada de mirra, exalava um belo perfume, quando era esmagada, assim também, a igreja de Esmirna quando “esmagada” por perseguições, exalava o suave perfume simbólico da “mirra” da fidelidade e do amor a seu Salvador.

AS CARACTERÍSTICAS DA CARTA À ESMIRNA

1 – DESCRIÇÃO DE CRISTO – Primeiro e Último, esteve morto, mas tornou a viver.

Sabendo que a igreja de Esmirna passaria por perseguições e até mortes, Jesus procura emprestar um pouco de Sua experiência (esteve morto, mas tornou a viver). Assim sendo, alguns morreriam, mas, a ressurreição estaria assegurada, da mesma forma que Ele morreu e também ressuscitou.

2 – CRISTO CONHECE – Tribulação de 10(dez) dias, falsos judeus, sofrimentos vindouros, pobreza.

O período simbolizado por essa igreja, foi marcado pelo martírio e perseguição aos cristãos. Em profecia, um dia equivale a um ano (Números 14:34; Ezequiel 4:7). Realmente, a igreja de Cristo nesse período sofreu uma perseguição como nunca sofrera antes. Como a profecia indicava uma tribulação de 10(dez) dias e dias representam anos (em profecia), foram 10 (dez) anos de perseguição religiosa. O imperador Deocleciano decidiu que o cristianismo deveria ser eliminado da face da terra e o nome de Cristo apagado. Assinou o edito de Nicomédia em 23 de fevereiro de 303, estabelecendo que todas as igrejas deveriam ser destruídas e queimados os livros sagrados. Alguns pesquisadores calcularam que os mártires dessa perseguição, chegaram a cerca de 50.000 (cinqüenta mil).
Uma verdadeira chacina seguiu-se ao Edito de Nicomédia. Deocleciano autorizou aos seus soldados inventarem novas torturas contra os seguidores de Jesus. Bastões, açoites, cordas. Eram pendurados a postes e em seguida rasgavam-lhe as carnes com unhas de ferro, arrancando-lhes pedaços das pernas, do ventre e das faces. Alguns eram queimados em imensas fogueiras sem distinção de idade ou sexo. Em um dia de natal, na hora do culto, homens cercaram a grande igreja de Nicomédia, repleta de cristãos, juntaram lenha e palha e incendiaram o vasto edifício e todos, em número de 14.000 (quatorze mil), segundo os gregos, foram mártires.
Temos também a história dos 40 gladiadores romanos que aceitaram a fé cristã e devido a isso foram colocados despidos na neve para morrerem de frio e fome. Eles cantavam na noite fria e gelada o seguinte:

“Quarenta gladiadores, por Jesus Cristo lutando;
Pedindo dEle vitória, a coroa reclamando.”

A perseguição terminou 10 (dez) anos depois, quando Constantino assumiu o controle do império romano, assinando o Edito de Tolerância, conhecido como “Edito de Milão”, em fevereiro de 313, concedendo a liberdade de culto aos cristãos e determinando que fosse restituído os bens confiscados dos mesmos durante as perseguições. A perseguição de 10 (dez) anos, portanto, durou de fevereiro de 303 a fevereiro de 313. A acusação de Cristo de que na igreja de Esmirna havia falsos judeus, equivale a dizer que nela havia falsos cristãos,e que, dizer que é cristão sem realmente o ser, era uma afronta para Deus e esses que assim procediam eram considerados, por Cristo, como membros da igreja de Satanás.

3 – LOUVOR, ELOGIO, APRECIAÇÃO – És rico(na fé).

As perseguições tinham tirado os bens materiais dos cristãos,contudo, mesmo diante da pobreza material, Jesus disse que eles eram ricos. Em bens materiais, a igreja de Esmirna tornou-se pobre, porém, era rica na fé, segundo Tiago 2:5.

4 – REPREENSÃO, REPROVAÇÃO – Não existe repreensão, não existe reprovação.

5 – CONSELHO – Não temas. Sê fiel até a morte.

Verdadeiramente os cristãos de Esmirna cumpriram os pormenores dessa profecia. Esmirna foi fiel até a morte e manteve-se uma “mirra”, um perfume, um cheiro suave de fidelidade ao ser “esmagada” pela perseguição.

6 – AVISO, ADVERTÊNCIA – Não existe aviso, não existe advertência.

7 – PROMESSA E RECOMPENSA – Coroa da vida. Não terá segunda morte.

Vemos pela primeira vez no apocalipse o texto sobre A SEGUNDA MORTE. O que é A SEGUNDAS MORTE? É o resultado da culpa do pecador em pecar contra Deus. Quando todos os ímpios ressuscitarão, após o milênio, para morrerem pela segunda vez e ser exterminado todo o pecador que não se arrependeu de seus pecados, não os confessou à Jesus e não fez de Cristo seu Salvador pessoal, nem andou segundo os princípios bíblicos da Palavra de Deus.

3ª CARTA
CARTA À IGREJA EM PÉRGAMO


NOME DA IGREJA..................................... PÉRGAMO
SIGNIFICADO............................................. ELEVAÇÃO
PERÍODO APROXIMADO......................... Ano 313 - 538
TEXTO BÍBLICO........................................ APOCALIPSE 2:12-17

Pérgamo significa “ELEVAÇÃO”, pois a própria cidade estava localizada numa elevação (montanha) de 1000 pés (300 metros) acima do vale. Este significado descreve evidentemente o caráter e a vida espiritual da igreja em seu novo período. A igreja de Pérgamo é também denominada “IGREJA IMPERIAL”, em virtude de ter sido elevada à categoria de IGREJA DO ESTADO e de terem os imperadores preponderância (predomínio, supremacia) em sua vida a começar com CONSTANTINO I, O GRANDE. O terceiro Selo, que corresponde ao mesmo período de Pérgamo, esclarece melhor como a igreja foi elevada à categoria de igreja do estado.
Outra curiosidade da cidade de Pérgamo era que ela era um grande centro cultural. Possuía uma biblioteca de 200.000 (duzentos mil) rolos (volumes), concorrendo com a do Egito. O interessante era que o rei do Egito, PTOLOMEU V, proibiu as exportações de papiro de seu país. O papiro vinha de uma planta que nascia as margens do NILO. Sem ter papiro para escrever, os habitantes de Pérgamo fundaram fábricas de pergaminho. O pergaminho era um tipo de couro altamente refinado. A sanção econômica do rei do Egito, funcionou como um estímulo aos habitantes de Pérgamo, levando-os à concorrência e criando um produto de superior qualidade, o pergaminho que nos lembra sua origem, Pérgamo.
AS CARACTERÍSTICAS DA CARTA À PÉRGAMO

1 – DESCRIÇÃO DE CRISTO – Aquele que tem a espada afiada de dois gumes.

Jesus aqui se apresenta como “aquele que tem a espada afiada de dois gumes”. Essa espada não é uma espada real, de aço, mas simbólica. É A ESPADA DO ESPÍRITO, A PALAVRA DE DEUS de Efésios 6:17 e Hebreus 4:12, que penetra ao ponto de dividir juntas e medulas, ou seja, penetra no mais profundo da vida física e espiritual. Que interpreta os pensamentos e intenções ou os desejos concretizados pelo coração humano. Com uma espada tal vem Jesus fazer guerra à igreja que o abandonou para amparar-se no braço do estado romano.

2 – CRISTO CONHECE – Mora onde está o trono de Satanás.

Para entendermos o porque de Cristo dizer que a igreja de Pérgamo habita onde está o trono de Satanás, precisamos recapitular um pouco mais da história dessa cidade.
Quando os persas conquistaram os babilônios, estabeleceram liberdade a seus habitantes. Os sacerdotes babilônicos, mais tarde, revoltaram-se e saíram da cidade de Babilônia. Posteriormente fugiram para Pérgamo e estabeleceram ali o seu quartel general, Pérgamo, portanto, tornou-se assento do satânico sistema dos mistérios de Babilônia. Esta falsa religião foi edificada com a falsa pretensão de estabelecer uma ponte entre o céu e a terra. O monarca governante tornou-se o líder do sistema. Seu título “PONTÍFICE MÁXIMO”, é significativo. “PONT” significa uma ponte e “MÁXIMUS” significa “GRANDE”. Em outras palavras este título quer dizer: “O EDIFICADOR DA GRANDE PONTE”. Pontífice significa também “FAZEDOR DE PONTE”, portanto, a expressão completa do título “Pontífice Máximo” é: O MAIOR CONSTRUTOR DE PONTES. Podemos ver que há uma semelhança com a Torre de Babel, cujo propósito era alcançar o céu por esforços humanos.
Quando os romanos, em suas conquistas, apoderaram-se da cidade de Pérgamo, fizeram-na capital da Ásia menor e sede de um tribunal. O rei de Pérgamo, ao entregar seu reino aos romanos, entregou também todo este culto que agora tinha sido transferido para Roma e desde então tem sido o quartel general deste falso sistema. Roma passou a ser o local onde está o trono de Satanás, pois, Satanás governava utilizando os imperadores como instrumentos que eram adorados como deuses.
Outra curiosidade sobre o governo de Satanás através dos imperadores é que com o passar do tempo, a cidade de Pérgamo, tornou-se também a sede de muitos templos pagãos. Foi erigido um templo em honra ao imperador Augusto, em 29 a.C. Posteriormente, outro templo foi dedicado à adoração do imperador Trajano e, bem mais tarde, um outro dedicado ao imperador Severo.

3 – LOUVOR, ELOGIO, APRECIAÇÃO – Conserva o nome de Jesus, não negou a fé. “Antipas, minha fiel testemunha.”

Mesmo habitando na cidade onde estava o trono de Satanás, a cidade dos césares deificados, a igreja retinha nome de Cristo e a Sua fé.
Sobre “ANTIPAS”, alguns comentaristas dizem o seguinte: Antipas não era propriamente um personagem, e sim uma classe de cristãos que resistia ao desenvolvimento do poder dos Papas e Bispos. Uma combinação de duas palavras: “Anti”, significando “CONTRA”, “OPOSTO”, e “Papas”, significando “PAI” ou “PAPA”.
Outra interpretação focaliza “Antipas” como um mártir, que se recusou a adorar o imperador, tendo sido colocado dentro de um bezerro de latão ou bronze, até ser queimado lentamente quando o tal bezerro foi aquecido ao ponto de ficar incandecente.

4 – REPREENSÃO, REPROVAÇÃO – Permite doutrina de Balaão e Nicolaítas.

O nome de Balaão é usado aqui como uma metáfora para representar aqueles cristãos de Pérgamo que estavam praticando uma religião misturada com o paganismo.
Para entendermos melhor o assunto, vamos tentar resumir a história de Balaão nesse período da idolatria de Israel.
Balaão foi um profeta de Deus que O serviu por muitos anos, contudo, aceitou suborno oferecido por Balaque, rei dos Moabitas, que queria ver o profeta amaldiçoar os filhos de Israel, de maneira que estes não pudessem derrotar os moabitas em batalha.
Deus interviu e todas as vezes que Balaão se reunia com Balaque, proferia uma bênção para o povo de Israel ao invés de maldição. Balaque ficou irado, pois, por três vezes isso se repetiu. Como Balaão estava disposto a obter a recompensa oferecida por Balaque, aconselhou este último a que convidasse os israelitas para um festival pagão, no qual foram oferecidos muito vinho e muitas mulheres. Iludidos pela música e dança e também seduzidos pela beleza das mulheres gentílicas, romperam sua fidelidade a Deus. A condescendência com o vinho, enuviou-lhes os sentidos e derribou as barreiras do domínio próprio. A paixão teve pleno domínio; e, havendo contaminado suas consciências pela depravação, foram persuadidos a curvar-se aos ídolos. Ofereceram sacrifícios sobre os altares gentílicos e participaram dos mais degradantes ritos. O veneno se espalhou como uma infecção mortal pelo acampamento de Israel, e eram tantos os culpados que a apostasia se tornou nacional. O plano de Satanás tendo como instrumento Balaão, foi tão bem sucedido que não somente se achavam os israelitas a participar do culto licencioso do monte Peor, mas os ritos pagãos estavam vindo a ser observados no acampamento de Israel.
Tal era a tendência dos tempos no período da igreja de Pérgamo, no sentido de falsificar o cristianismo com o espírito do paganismo.
O paganismo não podia vencer a igreja como um inimigo. O perigo surge agora de sua amizade. Mediante aliança com o cristianismo, as práticas pagãs introduziu-se na igreja e foi nesse período, representado por Pérgamo, que a adoração de imagens ingressou na igreja.
Esta mútua transigência entre o paganismo e o cristianismo resultou no desenvolvimento do homem do pecado predito na profecia de Paulo em II Tessalonicenses 2:3-4. Esse gigantesco sistema de religião falsa é a obra-prima do poder de Satanás.
Sobre a doutrina dos Nicolaítas, já falamos dela na carta à Éfeso (3ª característica)

5 – CONSELHO – Arrepende-te.

6 – AVISO, ADVERTÊNCIA – Farei guerra, pelejarei contra eles.

A igreja foi chamada ao arrependimento, ao abandono das doutrinas de Balaão e dos Nicolaítas. Se ela não se erguesse para arrancar de seu meio tão repugnantes práticas, seria responsável pelo mal e o SENHOR contra ela batalharia com a espada aguda de Sua boca, ou seja, uma simbologia do poder de Sua Palavra que foi também mencionada na 1ª característica da carta à Pérgamo.

7 – PROMESSA E RECOMPENSA – Maná escondido, Pedrinha branca e Novo nome.

Um vaso com maná foi colocado na sagrada arca no santuário erigido por Moisés. Este era conhecido como “o Maná escondido” (Hebreus 9:3,4) e era um tipo de Cristo, ou seja, Jesus explicou a seus seguidores que, num sentido espiritual, Ele próprio é o maná, o verdadeiro pão que desceu dos céus (João 6:31-51). Somente quando nos alimentamos dEle, o “Pão Vivo”, podemos crescer a Sua semelhança.

A pedrinha branca e o novo nome possuem significados interessantes. Alguns comentaristas dizem que isso refere-se a um antigo costume judicial, em que os juízes nas cortes, nesse tempo, usavam pedras brancas e pretas ao fazerem suas decisões. Quando o réu era condenado, colocava-se uma pedra preta numa urna e quando era inocentado, colocava-se uma branca. Também quando os escravos eram libertados, recebiam pedras brancas onde seus nomes, algumas vezes eram mudados e escritos na pedrinha.
Havia também um costume nos tempos primitivos, onde era difícil viajar por falta de lugares para se hospedar. Nessa época, as pessoas hospitaleiras e as que se beneficiavam da hospitalidade, passavam a ter profunda amizade e consideração mútua. Os gregos e romanos criaram um costume para facilitar a prática. Uma marca, geralmente uma pedrinha branca, cortada pelo meio, sobre cujas metades o dono da casa e seu hóspede escreviam mutuamente seus nomes, para depois intercambia-las (trocá-las). A apresentação dessa pedra bastava para assegurar, a eles, seus filhos e descendentes, amizade, quando quer que voltassem a viajar pela mesma região. É evidente que estas pedras tinham de ser guardadas privadamente, e ocultadas com cuidado, os nomes escritos nelas, para que outras pessoas não obtivessem os privilégios em vez daquelas a quem estavam destinados.

Jacó, depois de sua vitória ganhou um novo nome (Gênesis 32:28). Cada um que vencer, receberá um novo nome, segundo Isaias 60:2. Será um nome que representa a inviolável e santa amizade eterna com Jesus. Um nome que indica que fomos vitoriosos pelo sangue de Cristo.

4ª CARTA
CARTA À IGREJA EM TIATIRA


NOME DA IGREJA..................................... TIATIRA
SIGNIFICADO............................................. SACRIFÍCIO DE CONTRIÇÃO
PERÍODO APROXIMADO......................... Ano 538 - 1517
TEXTO BÍBLICO........................................ APOCALIPSE 2:18 - 29

A palavra “Tiatira” é definida como: “Sacrifício de Contrição”. Esse nome retrata perfeitamente o período da igreja de tiatira, onde Roma Papal dominou praticamente o mundo com suas perseguições aos fiéis servos de Deus. O papado romano sacrificou inúmeros cristãos. Dentre os perseguidos que tiveram que fugir, podemos citar os VALDENSES e ALBIGENSES, além de tantos outros que foram vítimas dos horrores infligidos por esse falso sistema religioso, que tinha agora o poder do Estado ao seu lado. O período de perseguição papal da Idade Média, marcou com sangue inocente, o início de um grande período de perseguição religiosa quem começou em 538 e se estendeu até 1798. (os 1260 anos de perseguição papal serão abordados nos capítulos 11, 12 e 13 de apocalipse). O decreto do imperador Justiniano estabelecendo o Bispo de Roma como “O CABEÇA DE TODAS AS IGREJAS”, deu aos papas autoridade temporal e eclesiástica sobre todas as igrejas. Muitos cristãos sinceros foram mortos pela INQUISIÇÃO durante esse período e Satanás, sob o disfarce religioso, vitimava aqueles que não concordavam com o clero católico.

AS CARACTERÍSTICAS DA CARTA À TIATIRA

1 – DESCRIÇÃO DE CRISTO – Filho de Deus, olhos como chama de fogo, pés de bronze.

É a primeira vez que Cristo se apresenta a Sua igreja com este título “Filho de Deus”, em todo o livro de Apocalipse. Por qual motivo? É simples. Porque o lugar do “Filho de Deus” seria usurpado pelo “Filho da Perdição” ou “Homem do Pecado”, nesse período da história da igreja cristã. O apóstolo Paulo se referiu a ele quando escreveu aos tessalonicenses em II Tessalonicenses 2:3,4 “Ninguém, de nenhum modo, vos engane, por que isto não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia e seja revelado o “homem da iniqüidade”, o “filho da perdição”, o qual se opõe e se levanta contra tudo que se chama Deus ou é objeto de culto, a ponto de assentar-se no santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o próprio Deus.”

2 – CRISTO CONHECE – Obras, amor, fé, serviço, perseverança.

3 – LOUVOR, ELOGIO, APRECIAÇÃO – Últimas obras mais numerosas, excedem as primeiras.

O período da igreja de tiatira é o mais longo dentre as sete igrejas. A igreja nesse período foi também chamada de “IGREJA DO DESERTO”, em virtude do povo de Deus ter que fugir para lugares desertos e montanhas, tentando escapar das grandes perseguições de Roma papal. Os sinceros servos de Deus demonstraram uma viva fé, com obras, serviços, amor e perseverança diante das adversidades. Alguns dos seguidores de PEDRO WALDO, os waldenses, rejeitavam a supremacia do papa e mantinham a Bíblia como única autoridade suprema, infalível. Os evangelhos de S. Mateus e S. Marcos eram memorizados, como também algumas das epístolas. Algumas vezes em escuras cavernas, onde se escondiam do clero católico romano, esses valorosos cristãos copiavam as Escrituras Sagradas, sob a luz de tochas. Como mercadores e vendedores, saiam para negociar seus artigos como jóias, tecidos e outros, nos mercados e ao mesmo tempo levavam porções das Escrituras Sagradas. Quando falavam do evangelho e o interesse era despertado, deixavam de bom grado alguns desses manuscritos.
Cristo falou que as últimas obras eram mais numerosas que as primeiras em TIATIRA. Isso mostra um crescimento espiritual e realmente houve uma grande mudança no fim do período de TIATIRA, com o surgimento da REFORMA DO SÉCUO XVI, conhecida como REFORMA PROTESTANTE.

4 – REPREENSÃO E REPROVAÇÃO – Tolerância à Jezabel. Não se arrepende.

Jezabel é utilizada aqui num sentido figurado, pois, a Jezabel dos tempos bíblicos não mais existia nessa época. Mas, quem era a Jezabel que Jesus se referiu na época da igreja de TIATIRA? Em profecia uma mulher pura é símbolo da igreja verdadeira do Deus vivo. (“2 Porque zelo por vós com zelo de Deus; visto que vos tenho preparado para vos apresentar como virgem pura a um só esposo, que é Cristo.” - II Coríntios 11:2), (“7 Alegremo-nos, exultemos e demos-lhe a glória, porque são chegadas as bodas do Cordeiro, cuja esposa a si mesma já se ataviou,” “8 pois lhe foi dado vestir-se de linho finíssimo, resplandecente e puro. Porque o linho finíssimo são os atos de justiça dos santos.”– Apocalipse 19:7,8) (“5 Porque o teu Criador é o teu marido; o SENHOR dos Exércitos é o seu nome; e o Santo de Israel é o teu Redentor; ele é chamado o Deus de toda a terra.” “6 Porque o SENHOR te chamou como a mulher desamparada e de espírito abatido; como a mulher da mocidade, que fora repudiada, diz o teu Deus.”- Isaias 54:5,6). Porém, quando a profecia bíblica faz referência a uma MULHER IMPURA, PROSTITUTA, ou que ENSINA UMA MENSAGEM CONTRÁRIA a verdade do evangelho eterno, essa mulher está simbolizando uma falsa igreja. Para podermos definir essa simbólica Jezabel que havia no período da igreja de TIATIRA, precisamos conhecer quem era a JEZABEL do antigo testamento e o que ela fez ao povo de Deus.
A história de Jezabel encontra-se registrada no livro de I Reis capítulos 16 ao 21.
Ela era uma princesa estrangeira fenícia, que casou-se com Acabe, rei de Israel. Jezabel introduziu o culto ao sol e a idolatria em Israel, levando quase toda a nação a adorar Baal, deus pagão que era adorado por ela. Ela tinha 850 (oitocentos e cinquenta) profetas ou sacerdotes idólatras. Mandou matar muitos dos israelitas que se recusaram a adorar a Baal e a abdicar da adoração ao Deus verdadeiro. Surge o profeta Elias da parte de Deus, com a profecia de não chover por 3(três) anos e 6(seis) meses como castigo sobre os idólatras. Toda a terra de Israel sofreu com a seca e grande número de pessoas sucumbiu pela fome. Após os três anos e meio de estiagem, o profeta Elias convoca o povo no MONTE CARMELO, prova a ineficiência do culto idólatra e manda matar a todos os falsos profetas de Baal.
Agora que sabemos quem foi Jezabel do antigo testamento podemos estabelecer um paralelo entre a Jezabel da época do povo de Israel com a Jezabel simbólica do Apocalipse.
Vamos resumir as obras detestáveis que a Jezabel do antigo testamento fez:

1 - Introduziu o culto idólatra e do SOL entre o povo de Israel;
2 - Proibiu o povo de cultuar a Deus de forma verdadeira, conforme Deus queria;
3 - Tinha uma multidão de sacerdotes falsos a seu comando;
4 - Introduziu falsos ensinos religiosos no meio do povo de Deus;
5 - Perseguiu de morte os servos sinceros de Deus que não aceitavam seus ensinos.

Querido amigo, raciocine comigo: Qual foi a igreja que durante os séculos V a VX, introduziu os seguintes erros no cristianismo, que vamos relacionar agora?

1 -Introdução da idolatria na igreja cristã com uso de imagens de escultura;
2 - Intercessão de santos como mediadores;
3 - Proibição do verdadeiro culto a Deus segundo as Escrituras Sagradas;
4 - Mudou o método de salvação ao introduzir a venda de indulgências, substituindo a salvação pela fé, por salvação pelas obras;
5 – Tinha multidões de sacerdotes sob suas ordens;
6 – Perseguiu de morte os servos de Deus que se opunham aos seus ensinos;
7 – Instituiu o tribunal da INQUISIÇÃO, onde inúmeros cristãos foram julgados e mortos.

A única igreja que reúne todas essas características é, sem sombra de dúvidas, a Igreja de Roma, Igreja Católica Apostólica Romana, a Jezabel da profecia, uma falsa igreja que pretende ser inspirada divinamente, contudo, é apontada nas profecias como igreja anti-cristã por seus ensinos e atos. Nos capítulos 13(treze) e 17(dezessete) de apocalipse falaremos mais detalhadamente sobre os erros doutrinários que a igreja papal criou.

Em Apocalipse 2 versículo 21, Jesus diz: (“21 Dei-lhe tempo para que se arrependesse; ela, todavia, não quer arrepender-se da sua prostituição.”). Ela quem? A Igreja.
A apostasia da igreja de Roma fez com que ela substituisse o divino pelo humano. Essa igreja, transviada, era uma parte do todo unido da igreja de Cristo, contudo, mesmo contrariando a vontade de Deus, ela apartou-se da sã verdade. Jesus com muita tristeza e pesar concedeu um tempo para que ela se arrependesse, mas, infelizmente, ela havia contraído matrimônio com o Estado. Trocando de senhor, a igreja de Roma adquiriu independência do todo da igreja de Cristo e agora, com vida própria e sob a liderança de homens que pretendiam honras divinas, a profecia de Paulo em II Tessalonicenses 2:3 e 4, estava completa. (“3 Ninguém, de nenhum modo, vos engane, porque isto não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia e seja revelado o homem da iniqüidade, o filho da perdição,” “4 o qual se opõe e se levanta contra tudo que se chama Deus ou é objeto de culto, a ponto de assentar-se no santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o próprio Deus.”).

5 – CONSELHO – Conserva o que tens até que eu venha.

Aqui é a primeira vez que aparece nas cartas apocalípticas a mensagem da segunda vinda de Cristo. Ele aconselha a igreja conservar o que ela tem de mais valioso (depois de Cristo, é claro), ou seja, a eterna verdade pura do evangelho que lhe fora confiado. Nada no mundo deveria fazer a igreja perder esse glorioso patrimônio que lhe foi dado regado com o sangue dos fiéis nos períodos anteriores.

6 – AVISO ADVERTÊNCIA – Prostrarei de cama. Grande tribulação, morte.

A igreja de Roma, a Jezabel espiritual, seria considerada adúltera, pois, todo o desvio da doutrina original do evangelho é considerada adultério.
Há comentaristas que acreditam que a “grande tribulação” aqui mencionada, se trate da perseguição infligida pela igreja Romana, os chamados 1260 anos de perseguição.
Os filhos de Jezabel que o verso 23(vinte e três) menciona, são os adeptos desse falso sistema religioso que seguem suas doutrinas adulteradas. Quando Cristo menciona que os matará, há comentarista que afirma ser essa morte, a chamada “segunda morte”, que ocorrerá após o milênio, quando a moderna Jezabel, suas filhas (as falsas igrejas que enganou), receberão o justo castigo segundo suas obras.

Em apocalipse 2:24, Jesus faz alusão aos “demais de Tiatira, a tantos quantos não têm essa doutrina”, dizendo-lhes: “outra carga não jogarei sobre vós”. O vocábulo “carga” é uma tradução do grego “Baros” e alude a uma responsabilidade definida referente à vida cristã. A “carga” que os sinceros cristãos da Idade Média carregam, foi a responsabilidade de enfrentar a idolatria da igreja de Roma e recusá-la, mesmo que essa “Jezabel” usasse a perseguição e até a morte a fim de impor suas falsas doutrinas. Outra responsabilidade tão extensa como essa do período de Tiatira, Jesus disse que não colocaria sobre os cristãos.
Sobre os “demais de Tiatira”, são os cristãos que não aceitaram as falsas doutrinas que a Igreja de Roma queria lhes impor. São os vários fiéis que foram perseguidos e muitos deles até mortos, principalmente no período da INQUISIÇÃO. Dentre esses podemos citar:

JAN MILIC – Secretário do imperador Carlos IV
JOÃO WYCLIFFE – Professor em Oxford
SIR JOHN OLDCASTLE – Conhecido como Lord Cobham. Foi assado lentamente, vivo. Morreu cantando louvores a Deus.
JOÃO HUSS – Foi morto, queimado vivo no dia 06 de julho de 1415.
MARTINHO LUTERO – Excomungado como herege pelo Papa e perseguido por descobrir e pregar os erros da doutrina católica romana.

7 – PROMESSA E RECOMPENSA – Autoridade, Cetro e Reinado, Estrela da Manhã

A autoridade que Cristo prometeu será durante o milênio, quando os servos fiéis de Cristo, juntamente com Ele, participarem do julgamento das nações ou dos indivíduos que rejeitarem salvação dada por Jesus. Após o julgamento e depois do milênio, também participarão com Cristo na execução da sentença sobre as nações condenadas. O Cetro de ferro, quer dizer que com justiça inflexível, quebrantarão as nações e povos que renegaram a Cristo e Sua salvação.

A Estrela da Manhã é o próprio Jesus (“16 Eu, Jesus, enviei o meu anjo para vos testificar estas coisas às igrejas. Eu sou a Raiz e a Geração de Davi, a brilhante Estrela da manhã.” - Apocalipse 22:16). Ele prometeu estar com Seus filhos fiéis no momento em que a igreja estivesse vivendo sua mais escura hora de apostasia. Alguns reformadores como João Huss, Wycliffe e outros, foram inspirados por Cristo e conduziram o povo de volta a Bíblia no final desse período e início do outro.


5ª CARTA
CARTA À IGREJA EM SARDES


NOME DA IGREJA......................... SARDES
SIGNIFICADO................................ O que Permanece ou Cântico de Alegria
PERÍODO APROXIMADO.............. Ano 1517 - 1798
TEXTO BÍBLICO............................ APOCALIPSE 3:1 - 6


(“1 Ao anjo da igreja em Sardes escreve: Estas coisas diz aquele que tem os sete Espíritos de Deus e as sete estrelas: Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives e estás morto.” “2 Sê vigilante e consolida o resto que estava para morrer, porque não tenho achado íntegras as tuas obras na presença do meu Deus.” “3 Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, guarda-o e arrepende-te. Porquanto, se não vigiares, virei como ladrão, e não conhecerás de modo algum em que hora virei contra ti.” “4 Tens, contudo, em Sardes, umas poucas pessoas que não contaminaram as suas vestiduras e andarão de branco junto comigo, pois são dignas.” “5 O vencedor será assim vestido de vestiduras brancas, e de modo nenhum apagarei o seu nome do Livro da Vida; pelo contrário, confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos.” “6 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.”)

Sardes significa “O QUE PERMANECE” ou “CÂNTICO DE ALEGRIA”. É a igreja do período da REFORMA PROTESTANTE ou do PROTESTANTISMO. Certamente a REFORMA PROTESTANTE foi um “CÂNTICO DE ALEGRIA” para os servos de Deus que gemiam sob as perseguições do papado. Porém, essa igreja é também considerada por alguns como ESTAGNADA, em virtude de ter parado e não ter progredido na obra e no fervor dos reformadores. Há comentaristas crendo que, ainda hoje, essa igreja existe, SENDO ELA O PROTESTANTISMO, que se orgulha de seu berço moderno, os ESTADOS UNIDOS PROTESTANTES.
A antiga CIDADE de SARDES era considerada INEXPUGNÁVEL, por estar localizada a aproximadamente uns 300 metros acima do vale, no topo de penhascos praticamente verticais. O Rei CRESO da Lídia, imaginando que o seu tesouro estaria seguro em Sardes, escolheu-a como capital de seu reino. Entretanto, a auto-suficiência de seus moradores e sabendo que não haveria nenhum exército para escalar tais penhascos quase que verticais, e sentindo-se perfeitamente seguros, fez com que ficassem DESPREOCUPADOS E DORMISSEM um sono profundo e tranqüilo. Numa bela noite, um dos soldados de CIRO, escalou a rocha quando os guardas não estavam vigiando e abriu os portões da cidade pelo lado de dentro, sendo a mesma tomada naquela noite.


AS CARACTERÍSTICAS DA CARTA À SARDES

1 – DESCRIÇÃO DE CRISTO – Aquele que tem os 7(sete) espíritos de Deus.

Jesus se apresenta à SARDES com a plenitudes do poder e coloca ao inteiro dispor da igreja. Lembrando, porém, que Ele tem as sete estrelas seguras em Suas mãos. Já comentamos sobre as sete estrelas nos assuntos anteriores, que são os diversos ministérios, ou seja, a direção responsável da igreja em seus respectivos períodos. A mensagem que Cristo quer dar aqui é: “Se a igreja não lançasse mão do grande poder do Espírito Santo que Jesus lhe oferecia, o seu ministério seria abandonado por Cristo e perderia o direito ao símbolo de estrela”.

2 – CRISTO CONHECE – Professa estar vivo, mas, está morto.

Não podendo haver pretensão mais enganosa que esta: UM MORTO QUE PENSA ESTAR VIVO. Não há dúvidas de que se um ministério está morto, ele só produzirá uma igreja morta. Sua liderança repousava sobre a reputação que adquirira com os reformadores. Homens como LUTERO, KNOX, JOÃO CALVINO e outros, foram famosos por sua consagração. Contudo, seus seguidores estacionaram e estavam vivendo da reputação passada dos reformadores. Eram auto-suficientes e acomodados. “O evangelho passou a ser tratado como doutrina em vez de o poder de Deus para a salvação”, segundo LARS QUALBEN, historiador Luterano. A Palavra de Deus passou a ser uma espécie de “arsenal de armas teológicas”. Muitos dos debates produziram “TEÓLOGOS BRIGUENTOS e um protestantismo árido”. Os protestantes se contentavam com as formas, contudo, destituídos do poder, essas formas tornaram-se em puro formalismo e obras mortas. Os protestantes da Europa dos anos 1700 tornaram-se muito diferente dos reformadores. Muitos intelectuais passaram a negar a ressurreição e a segunda vinda, tornando-se racionalistas. Esses homens lideraram um negro período da história que recebeu o nome de ILUMINISMO.

3 – LOUVOR, ELOGIO, APRECIAÇÃO – Poucas pessoas não contaminadas, poucos fiéis.

A igreja foi acusada de imperfeição de uma forma geral, contudo, ainda havia alguns fiéis em seu meio. Em meio a inatividade e inércia da maioria, esses poucos fiéis conservavam a pureza e o zelo da vida cristã. Podemos citar alguns exemplos de cristãos fervorosos tais como:
PAUL GERHARDT (1607 – 1676) – Autor de vários hinos profundamente espirituais.
JOHANN SEBASTIAN BACH (1685 – 1750) – Com seu talento musical enriqueceu a adoração das igrejas do ocidente.
JOHANNES BENGELL (1687 – 1752) – Produziu um notável comentário do novo testamento.
GEORGE FOX (1624 – 1691) – Ardente Religioso fundador do “QUARQUERS”.
JOHN BUNYAN (1628 – 1688) – O Batista que auxiliou multidões em todas as denominações com os seu “O PEREGRINO” e com “Grace Abounding to the chief of sinners” (GRAÇA ABUNDANTE PARA O PRINCIPAL DOS PECADORES).
DOROTHY TRASKE – Que sofreu 16(dezesseis) na prisão, em virtude de seu amor a guarda do sábado de Cristo.
Os conhecidos “IRMÃOS MORÁVIOS” – Que enviaram membros de seu movimento como missionários às regiões, do Ártico à África do Sul, numa época em que esses lugares eram considerados como os pontos mais distantes da Terra.

4 – REPREENSÃO, REPROVAÇÃO – Obras Imperfeitas.

A igreja nesse período, gabava-se de ter desmascarado a igreja perseguidora(nesse caso, a igreja Católica Romana) e gabava-se de ter se levantado contra os erros doutrinários da igreja romana, contudo, não progrediu no avanço das reformas doutrinárias que o papado havia soterrado ao longo dos séculos. Inúmeras religiões e seitas surgiram da “SARDES PROTESTANTE”.

5 – CONSELHO – Arrepende-te, Lembra-te, Sê vigilante, Consolida o restante.

6 – AVISO, ADVERTÊNCIA – Virei como Ladrão.

A igreja de SARDES é exortada a lembrar do que recebera e ouvira (verso 3). Os valorosos reformadores entregaram-lhe a luz do evangelho de Cristo, que por séculos estava obscurecida. Os cristãos desse período ouvira mensagens maravilhosas dos lábios daqueles poderosos servos de Deus. Mas, infelizmente, a igreja não levou em consideração o apelo de Cristo, e sua condição prosseguiu até que foi rejeitada como igreja de Deus.
O vocábulo “MORRER” do grego “APOTHNESKO”, tem também o sentido de “MORTE ESPIRITUAL”. Aqui a igreja é estimulada a consolidar os que estavam para morrer, ou seja, fortalecer ou confirmar as coisas espirituais que ainda restavam e que estavam a ponto de desaparecer em meio ao formalismo e o apego nominal de alguns crentes por algumas verdades bíblicas. Caso a igreja praticasse essas verdades bíblicas, tornaria novamente à vida espiritual verdadeira.
A vinda de Jesus inesperada como ladrão é a Sua própria vinda real ao mundo e o protestantismo terá que arcar com as consequências de ter desprezado a luz do evangelho vinda dos reformadores.

7 – PROMESSA E RECOMPENSA – Vestes Brancas, Andar com Jesus, Confessará o nome diante de Deus, não apagará o nome do Livro da Vida.

O fato do vencedor ser vestido de branco, é um símbolo de mudar a iniquidade em justiça (Veja Zacarias 3:3-5 e Apocalipse 19:8). O Branco também é símbolo da pureza cristã que os fiéis viveram quando estavam na Terra em meio à escuridão e apostasia da igreja. Na antiga cidade de Roma, aqueles que eram candidatos a elevados cargos, usavam em manto comprido branco chamado de “TOGA” e simbolizava triunfo e gozo. Já os escravos e cativos usavam o preto que simbolizava derrota e tristeza. Aqui, Jesus, resumidamente, está dizendo o seguinte: “Se você acordar ou triunfar sobre a sonolência, despertando e retornar à vitalidade religiosa que já possuiu, eu não apagarei o seu nome do Livro da Vida, antes confessarei o seu nome diante de Meu Pai e dos santos anjos e você estará andando comigo.”

6ª CARTA
CARTA À IGREJA EM FILADÉFIA


NOME DA IGREJA......................... FILADÉFIA
SIGNIFICADO................................ Amor Fraternal
PERÍODO APROXIMADO.............. Ano 1798 - 1844
TEXTO BÍBLICO............................ APOCALIPSE 3:7 - 13

A palavra FILADÉLFIA significa “AMOR FRATERNAL”. Os cristãos desse período eram poucos que “não contaminaram suas vestiduras” no período anterior, ou seja, “SARDES”. Saíram das igrejas protestantes, em sua maioria, para integrarem a nova igreja que estava surgindo no tempo pré-estabelecido pela profecia. Foi também o MENOR PERÍODO DA IGREJA e não sofreu uma só censura do SENHOR JESUS, só elogios.

A nota tônica da mensagem desses cristãos era a segunda vinda de Cristo e a necessidade de um preparo maior para receber o Senhor da glória. O amor fraterno entre irmãos, caracterizou perfeitamente o movimento de FILADÉLFIA. O número dos que, convictos da iminência volta de Cristo, ajuntavam-se cada vez mais, era impressionante fazendo-o crescer até tornar-se o maior que se verificou na história do cristianismo desde os dias apostólicos. Nos capítulos 10(dez) e 14(catorze) de Apocalipse, falaremos muito mais sobre a grande obra da igreja de FILADÉLFIA.

AS CARACTERÍSTICAS DA CARTA À FILADÉLFIA

1 – DESCRIÇÃO DE CRISTO – Santo e verdadeiro, tem a chave de Davi, abre e ninguém fecha, fecha e ninguém abre.

O anjo Gabriel anunciou a Maria o nascimento de Jesus e uma das coisas que o anjo falou foi: “Deus, o SENHOR, lhe dará o trono de Davi, seu pai.”(Lucas 1:32). Jesus foi chamado de “Filho de Davi”, quando esteve na Terra. (Mateus 9:27;20:30,31). Se analisarmos a genealogia de Jesus (Mateus 1:1-17), veremos que Davi é considerado o pai de Jesus, segundo a linhagem carnal ou descendência. O próprio versículo primeiro, chama a Jesus de “Filho de Davi”, “Filho de Abraão”.
Chave é símbolo de autoridade, poder. A mesma autoridade conferida a Davi para reinar sobre Israel, Jesus tem e reinará sobre os remidos num futuro bem próximo. Davi era apenas um símbolo do reinado que está para ocorrer quando o Senhor Jesus estabelecer o Seu reino, que não passará jamais.
Jesus disse que “ABRE E NINGUÉM FECHA, e que FECHA E NINGUÉM ABRE”. O período de dominação papal havia cessado no ano 1798, quando o papa foi preso. Desde a época dos apóstolos, alguns homens pretenderam ter o direito de “FECHAR” a porta da salvação (“52 Ai de vós, intérpretes da Lei! Porque tomastes a chave da ciência; contudo, vós mesmos não entrastes e impedistes os que estavam entrando.” - Lucas 11:52) (“13 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque fechais o reino dos céus diante dos homens; pois vós não entrais, nem deixais entrar os que estão entrando!” – Mateus 23:13), atrapalhando o serviço de Cristo e prejudicando aqueles que queriam segui-Lo fielmente, mas, Jesus declara que só Ele tem autoridade de abrir e fechar a porta da salvação. Em Apocalipse 3:8 Jesus diz: “8 ... tenho posto diante de ti uma porta aberta, a qual ninguém pode fechar ...”. Alguns comentaristas acreditam que essa porta aberta, refere-se a uma oportunidade missionária que surgiu nesse período, da mesma forma que Paulo se referiu às oportunidades missionárias como sendo uma porta aberta (“9 porque uma porta grande e oportuna para o trabalho se me abriu; e há muitos adversários.” – I Coríntios 16:9). (“12 Ora, quando cheguei a Trôade para pregar o evangelho de Cristo, e uma porta se me abriu no Senhor,” – II Coríntios 2:12).
É bem verdade que no período de Filadélfia, a Bíblia começou a circular novamente, mormente com o surgimento de várias SOCIEDADES BÍBLICAS, com o objetivo de editar e difundir a Palavra de Deus por todo o mundo. Podemos citar como exemplo a SOCIEDADE BÍBLICA BRITÂNICA E ESTRANGEIRA, que começou a funcionar em 1804 e a AMERICANA em 1816. Também surgiu por volta desse tempo, o movimento de Escolas Dominicais. Para os comentaristas defendem esse ponto de vista, convém lembrar que as portas da oportunidade missionária podem ser “FECHADAS” por homens que prejudicam o evangelho (“13 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque fechais o reino dos céus diante dos homens; pois vós não entrais, nem deixais entrar os que estão entrando!” – Mateus 23:13), entretanto, a “PORTA DE FILADÉLFIA” em Apocalipse 3:8, “NINGUÉM PODE FECHAR”. Se analisarmos o primeiro verso do CAPÍTULO 4 de Apocalipse, veremos “uma porta aberta no céu”. Pelas características do cenário, trata-se do Lugar Santíssimo do Santuário Celestial. No período da Igreja de FILADÉLFIA as profecias de Daniel passaram a ser estudadas e compreendidas, em virtude de Deus ter prometido a Daniel que no “TEMPO DO FIM”, seu livro seria aberto. (“4 Tu, porém, Daniel, encerra as palavras e sela o livro, até ao tempo do fim; muitos o esquadrinharão, e o saber se multiplicará.” – Daniel 12:4). O “Tempo do Fim” começou no fim dos 1260 dias/anos, ou seja em 1798 com o fim da perseguição papal, conforme Daniel 7:25; 12:7; Apocalipse 12:6; 12:14. (Mais adiante iremos explicar em detalhes essa profecia dos 1260 anos).
Pesquisadores da Bíblia pensavam que Jesus voltaria em 1844, segundo uma profecia de Daniel 8:14. Enganaram-se quanto ao evento, pois, “A repeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o FILHO, senão o Pai” (Mateus 24:36). Contudo, no fim do período de Filadélfia, Deus abre para eles “A PORTA” DO LUGAR SANTÍSSIMO. O fato de Jesus dizer que “Abre e ninguém fecha e que fecha e ninguém abre” e ter posto “uma porta aberta”, significa que, no fim do período de FILADÉLFIA, em 1844, Jesus iniciaria o seu ministério no LUGAR SANTÍSIMO (Abrindo a porta) e encerrando o Seu ministério no LUGAR SANTO (Fechando a porta). Porém, a Igreja de FILADÉLFIA não vira a PORTA DO LUGAR SANTÍSSIMO ABERTA (espiritualmente falando). Fato esse que levou a sua amarga decepção naquele ano e que será melhor esclarecido no capítulo 10(dez) de Apocalipse.
A igreja que viria, LAODICÉIA, passou a compreender todo o ministério de Cristo no Santuário Celestial.


2 – CRISTO CONHECE – “tens pouca força”

3 – LOUVOR ELOGIO APRECIAÇÃO – Guardou a Palavra, não negou o nome de Jesus

A pouca força da igreja de FILADÉLFIA não quer dizer pouca fé e poder do alto, mas, poucos recursos matérias e pouca influência no mundo. Muitos que aguardavam a Jesus em 1844, deixaram de segui-lo quando Ele não veio. Passaram a zombar dos que continuavam fiéis a Cristo, procurando em oração e estudo da Bíblia, o que havia acontecido. Esses zombadores foi citado por Cristo como pertencentes a “SINAGOGA DE SATANÁS” ou “FALSOS JUDEUS”.

4 – REPREENSÃO REPROVAÇÃO– Não existe repreensão, não existe reprovação.

5 – CONSELHO – Conserva o que tens.

Cada cristão fiel tem o direito de receber uma coroa e ninguém ou coisa alguma no mundo deve influenciar na vida do cristão ao ponto de fazê-lo perder sua cora. Jesus aconselha a você e a mim a conservar o que temos de mais precioso, que é A VERDADE DO EVANGELHO, comunicando a outros e vivendo cada dia por seus princípios.

6 – AVISO ADVERTÊNCIA – Não existe aviso, não existe advertência.

7 – PROMESSA e RECOMPENSA – farei dele coluna no santuário de Deus, gravarei nele o nome de Deus, da cidade de Deus e novo nome de Jesus.

A cidade de FILADÉLFIA era frequentemente sacudida por terremotos. No ano 17 da era cristã, um desses terremotos foi tão forte, que muitos dos seus habitantes, sentindo-se amedrontados, viveram muitos anos fora de seus muros, em cabanas e barracas.
Jesus, ao prometer aos filadelfos vencedores que seriam “COLUNAS” no santuário de Deus e jamais sairiam Dalí, queria dizer que ELES TERIAM ESTABILIDADE E SEGURANÇA da vida eterna junto a Deus, estabelecendo um contraste com o TEMOR E NERVOSISMO DO POVO DE FILADÉLFIA APÓS O TERREMOTO. Paulo se refere aos cristãos como “SANTUÁRIO DO DEUS VIVENTE” (“16 Que ligação há entre o santuário de Deus e os ídolos? Porque nós somos santuário do Deus vivente, como ele próprio disse: Habitarei e andarei entre eles; serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.” – II Coríntios 6:16). O Santuário nessa passagem de Apocalipse 3:12, não se refere ao santuário celestial, mas, a própria igreja viva redimida. O vencedor receberá um lugar de honra permanente na igreja a ao mesmo tempo de segurança, tal qual UM EDIFÍCIO CELESTIAL VIVO. Como uma coluna, jamais será removido, ou seja, jamais haverá possibilidade de cair ou perder-se, pois, estarão selados como propriedade do SENHOR Jesus.
Além disso tudo, ainda receberão 3(três) INSCRIÇÕES: O nome de Deus, o nome da nova Jerusalém e o novo nome de Jesus. Podemos dizer que serão “ETIQUETADOS”, se você me permite essa expressão, com:
1 - O nome de Deus, cuja propriedade são;
2 – O nome da nova Jerusalém, a cujo lugar se dirigem e porque serão cidadãos da Santa Cidade por 1.000(mil anos) e:
3 – O novo nome de Cristo, por cuja autoridade hão de receber a vida eterna e entrar no reino.

7ª CARTA
CARTA À IGREJA EM LAODICÉIA


NOME DA IGREJA......................... LAODICÉIA
SIGNIFICADO................................ Julgamento do Povo ou Povo do Juízo
PERÍODO APROXIMADO.............. Ano 1844 – Segunda vinda de Cristo
TEXTO BÍBLICO............................ APOCALIPSE 3:14 - 22


A palavra LAODICÉIA vem de dois vocábulos gregos combinados (Laos e Dike), que significam: LAOS = Povo e DIKE = Juízo. O correto significado de Laodicéia é: POVO DO JUÍZO ou DO JULGAMENTO, JULGAMENTO DO POVO. Pode também ser interpretado como Povo Justo, Povo Justificado. Isso quer dizer que a igreja de Laodicéia corresponde exatamente à época do JUÍZO INVESTIGATIVO QUE TEVE INÍCIO EM 1844, segundo as profecias de Daniel e Apocalipse (Quando, futuramente, formos falar sobre o livro de Daniel, trataremos melhor desse assunto). Essa igreja, sendo, profeticamente, a igreja do último período, irá até a volta de Cristo. Como última igreja de Cristo na Terra, Laodicéia tem uma derradeira mensagem de esperança para o mundo. Os detalhes dessa mensagem encontra-se nos capítulos 10(dez) e 14(catorze) de Apocalipse.

A cidade de LAODICÉIA era chamada originalmente de DIÓSPOLIS, Cidade de Zeus. Antíoco II, Rei da Síria (260-247 A.C.), ampliou a cidade e a engrandeceu mudando seu nome para LAODICÉIA em homenagem a sua esposa LAODICE.
Essa cidade era considerada “A CIDADE DE BANQUEIROS E FINANÇAS”. Por causa de suas riquezas e grandes casas de câmbio, seus habitantes eram arrogantes, orgulhosos e satisfeitos consigo mesmos. Ao sul da cidade, nas colinas, haviam FONTES DE ÁGUA QUENTE que burbulhavam e essa água era conduzida por um aqueduto até a cidade. Algumas dessas fontes eram de água fria, quente e morna. Alguns acreditavam que as águas possuíam propriedades curativas. Os banhos mornos e as fontes minerais atraiam muitos visitantes da Europa e da Ásia. Essa água era agradável para o banho, contudo, de sabor desagradável e PRODUZIA NÁUSEAS SE FOSSE INGERIDA.

Em LAODICÉIA havia também uma escola de medicina, cujo os médicos preparavam o famoso “PÓ FRÍGIO” com o qual se fabricava UM COLÍRIO PARA A CURA DA OFTALMIA, ou seja, inflamação nos olhos.

Na cidade havia a comercialização de diversos produtos, principalmente os tecidos e tapetes finos, macios DE COR PRETA,que eram fabricados de uma lã natural lustrosa de uma espécie de OVELHAS PRETAS. Os produtos mais famosos eram OS VESTIDOS sem costura, PRETOS, QUE ERAM MUITO USADOS PELOS LAODICENSES COMO EVIDÊNCIA DE SUA RIQUEZA.

AS CARACTERÍSTICAS DA CARTA À LAODICÉIA

1 – DESCRIÇÃO DE CRISTO – Amém, Testemunha Fiel e Verdadeira, Princípio da Criação de Deus.

Amém é um termo hebraico que significa “O QUE É VERDADE”. É uma forma de relembrar aos laodiceanos que Ele pode demonstrar-lhes sua verdadeira situação.
Cristo também se apresentou como “A Testemunha Fiel e Verdadeira”. O fato dEle ter usado esse título era porque estava se dirigindo a PESSOAS QUE ENGANAVAM A SI MESMAS. Ele desejava que elas confiassem no diagnóstico triste, porém, verdadeiro que Ele lhes apresentava.

Ao identificar-se como “O PRINCÍPIO DA CRIAÇÃO DE DEUS”, Jesus estava querendo dizer que, se os laodiceanos admitissem a verdade que acabavam de ouvir, ele poderia recriá-los, mudando completamente a situação.

O que significa a frase “O PRINCÍPIO DA CRIAÇÃO DE DEUS”?
Há religiões por aí que procuram se apoiar em textos como esse para afirmar que Jesus é um ser criado, o primeiro ser criado por Deus e, portanto, não tem prerrogativas divinas e não deve receber adoração. (Exemplo: Testemunha de Jeová).
No original grego, a palavra “PRINCÍPIO” é “ARCHÊ”, alguns pronunciam como ARQUÊ, que tanto pode ter um sentido ativo como passivo. No sentido passivo, Cristo seria o primeiro ser “criado”. Não é porém, o caso. Nesse texto temos de admitir o sentido ativo.

No livro: “JÓIAS DO NOVO TESTAMENTO GREGO”, edição de 1966, pág. 80, o Dr. KENNETH S. WUEST, diz: “O vocábulo ‘princípio’ tem dois sentidos no grego, O PRIMEIRO DE UMA SÉRIE e o ORIGINADOR de ALGUMA COISA. Nosso Senhor foi o originador do universo criado, pelo fato de haver sido Seu criador”(extraído de Consultoria Doutrinária, 170).
Para enriquecer nosso comentário, vamos citar alguns textos bíblicos que reforçam a afirmação de que Jesus é um ser divino e criador (anote os textos e depois confira, pois, vamos fazer um paralelo entre alguns textos que se referem a Deus e a Jesus):

APOCALIPSE 1:8 - “8 Eu sou o Alfa e Ômega, diz o Senhor Deus, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-Poderoso.” (Se referindo a Deus)
APOCALIPSE 22:13 – “13 Eu sou o Alfa e o Ômega, o Primeiro e o Último, o Princípio e o Fim.” (Se referindo a Jesus)
ISAIAS 44:6 – “6 Assim diz o SENHOR, Rei de Israel, seu Redentor, o SENHOR dos Exércitos: Eu sou o primeiro e eu sou o último, e além de mim não há Deus.” (Se referindo a Deus)
APOCALIPSE 1:17 – “17 Quando o vi, caí a seus pés como morto. Porém ele pôs sobre mim a mão direita, dizendo: Não temas; eu sou o primeiro e o último” (Se referindo a Jesus)
APOCALIPSE 2:8 – “8 Ao anjo da igreja em Esmirna escreve: Estas coisas diz o primeiro e o último, que esteve morto e tornou a viver:” (Se referindo a Jesus)
COLOSSENSES 1:16 – “16 pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele.” (Se referindo a Jesus)
COLOSSENSES 2:9 – “9 porquanto, nele, habita, corporalmente, toda a plenitude da Divindade.” (Se referindo a Jesus)
JOÃO 1:1-3,10,14,18 – “1 No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. 2 Ele estava no princípio com Deus. 3 Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez. 10 O Verbo estava no mundo, o mundo foi feito por intermédio dele, mas o mundo não o conheceu. 14 E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai . 18 Ninguém jamais viu a Deus; o Deus unigênito, que está no seio do Pai, é quem o revelou.”(Se referindo a Jesus)

2 – CRISTO CONHECE – Obras. Morno, nem frio nem quente, Pretensões falsas.

Jesus, a Testemunha Fiel e Verdadeira, ressoa Sua voz na mais grave denúncia contra Sua Igreja, como jamais fizera antes. Uma escritora cristã escreveu o seguinte:
“A mensagem laodiceana aplica-se ao povo de Deus que professa crer na verdade presente. A maior parte, são professos MORNOS, tendo o nome mas faltando-lhes o zelo.” “Professam amar a verdade, todavia são DEFICIENTES NO FERVOR e no devotamento cristãos. Não ousam desistir inteiramente e correr o risco dos incrédulos, não se acham, no entanto, dispostos a morrer para o próprio eu e seguir exatamente os princípios de sua fé.” (Testemunhos Seletos I, pág. 476,477).

Uma das coisas impressionantes e que não devemos esquecer jamais, é o fato de que toda essa acusação recai PRIMEIRO SOBRE O ANJO SIMBÓLICO DE LAODICÉIA, que, como já falamos em outros programas, representa “OS MINISTROS”, “A DIREÇÃO RESPONSÁVEL PELA IGREJA”.
Essa acusação de Cristo não tem por objetivo ressaltar a obra missionária mundial da direção, e sim, A VIDA ESPIRITUAL INTERNA DA IGREJA, NEGLIGENCIADA POR ESSES MINISTROS.
A frieza e o calor espirituais são preferíveis, diante de Deus, à MORNIDÃO. É muito mais fácil converter um pecador do que despertar um RELIGIOSO MORNO DO TORPOR ESPIRITUAL EM QUE SE ENCONTRA.
A experiência de conversões ao longo dos anos, tem demonstrado que quando um pecador, por mais gelado no pecado que esteja, aponto de sucumbir nele, escuta os apelos do evangelho, pode sentir o desejo de aproximar-se do Seu Salvador Jesus. Mas, para aquele que é decididamente MORNO, isto não acontece, pois, O MORNO, TORNOU-SE MEIO RELIGIOSO E MEIO MUNDANO, VIVE APENAS UM CRISTIANISMO MECÂNICO, sem vida de Cristo, sem fervor cristão. Essa pessoa está contente e satisfeita com seu cristianismo medíocre e de fachada.

3 – LOUVOR ELOGIO APRECIAÇÃO – Não há Louvor, nem Elogio, nem Apreciação.

Laodicéia é a única das 7(sete) igrejas em que não há elogio algum. Não era pra menos, pois, o destino da igreja depende da maneira como esta mensagem é recebida e a grande MAIORIA DE SEUS MEMBROS ESTÁ TRANQUILA NUMA FALSA SEGURANÇA CARNAL E CHEIOS DE JUSTIÇA PRÓPRIA. Uma escritora escreveu:
“Vi que o testemunho da Testemunha Verdadeira não teve a metade da atenção que deveria ter. O solene testemunho de que DEPENDE O DESTINO DA IGREJA tem sido apreciado de MODO LEVIANO, SE NÃO DESATENDIDO DE TODO. Tal testemunho deve operar profundo arrependimento; todos os que o recebem de verdade, obedecer-lhe-ão e serão purificados.” (Primeiros Escritos, 270).

4 – REPREENSÃO REPROVAÇÃO – Miserável, Pobre, Cego, Nu, Desgraçado, Infeliz.

Aqui está revelada a verdadeira condição de LAODICÉIA e a causa dela se encontrar neste estado deplorável, ou seja, A SUA PRETENSÃO DE SER O QUE EM REALIDADE NÃO É. Os laodiceanos contemplam-se a si mesmo através de uma falsa perspectiva. Há uma tendência dos membros da igreja de Laodicéia de deixar-se induzir à justiça própria. Sua grande maioria, orgulha-se de ser a guarda do puro evangelho de Cristo, de ser a legítima depositária da verdadeira luz para o século atual, de ser a igreja do Senhor Jesus desta última geração.
Esse povo orgulha-se de sua inigualabilidade como organização, de sua grandiosa obra missionária mundial, de suas numerosas instituições, de seus processos financeiros, de seu magnífico corpo de ministros. É um tremendo desastre!
Uma igreja que pelo fato de conhecer um tão maravilhoso conjunto de verdades bíblicas bem estabelecidas e logicamente elaboradas e possuir uma estrutura mecânica mundial bem organizada, pensar assim: “Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma” (Apocalipse 3:17).
Um dos maiores motivos pelo qual os filhos deDeus se encontram neste estado de cegueira espiritual, é que NÃO QUEREM RECEBER A CORREÇÃO. Acham que tudo está bem, quando na verdade quase tudo vai mal.

5 – CONSELHO – Arrependa-se, sê zeloso, compre Ouro, Vestiduras Brancas e Colírio. Abra a porta.

Após examinar o “paciente”, Laodicéia, o Grande Médico, Jesus, vê que, para sua tríplice enfermidade (Pobre, Cego e Nu), somente poderá livrá-la, o também, TRÍPLICE REMÉDIO provido por Ele:
1) Ouro refinado pelo fogo(para torná-los ricos)
2) Vestiduras Brancas(para cobri-los de sua nudez);
3) Colírio(para fazê-los enxergar.

O que estes 3(três) símbolos representam?

1 – OURO REFINADO PELO FOGO

No livro Preparação Para a Crise Final, edição de 1975, na pág. 34, 35, encontramos:

“34 - O ouro aqui recomendado como tendo sido provado no fogo, é FÉ e AMOR. Ele enriquece o coração; pois foi purgado (livre de impurezas, purificado) até tornar-se puro, e quanto mais é provado tanto mais intenso é seu brilho” “35 – Satanás está trabalhando constantemente para tirar do coração do povo de Deus estes preciosos dons. Todos estão empenhados no JOGO DA VIDA. Satanás sabe muito bem que se conseguir extirpar (arrancar) O AMOR e a FÉ, colocando em seu lugar EGOÍSMO e INCREDULIDADE, todos os traços preciosos restantes serão habilmente eliminados por SUAS MÃOS ENGANADORAS, E O JOGO ESTARÁ PERDIDO.”

2 – VESTIDURAS BRANCAS

“Os vestidos brancos são a PUREZA DE CARÁTER, A JUSTIÇA DE CRISTO comunicada ao pecador. É na verdade uma vestimenta de textura celeste, que só se pode comprar de Cristo por uma vida de voluntária obediência” (Preparação Para a Crise Final, 34).

No passado, os antigos moradores da cidade de Laodicéia vestiam-se de PRETO, como evidência de sua riqueza. No presente, Jesus diz que os laodiceanos modernos estão nus, cheios de justiça própria.
Desde a entrada do pecado no mundo, a humanidade tem procurado justificar-se perante Deus. Há uma tendência do homem em querer justificar-se através de boas obras, obediência e bom comportamento. Tudo isso tem o seu devido valor, mas, NÃO PODE SER FEITO COM O OBJETIVO DE ALCANÇAR A JUSTIFICAÇÃO e sim como evidência daquele que foi justificado por Cristo.
O profeta Isaias nos diz: “6 Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças, como trapo da imundícia; todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniqüidades, como um vento, nos arrebatam.” – (Isaias 64:6).
Somente através da justiça de Cristo que é dada pela fé ao pecador arrependido, o homem poderá apresentar-se devidamente vestido diante de Deus, no aspecto espiritual.

3 – COLÍRIO

“O colírio é aquela sabedoria e graça que nos habilitam a distinguir entre o mal e o bem, e PERCEBER O PECADO SOB QUALQUER DISFARCE” (Preparação Para a Crise Final, 34).

Dentre as características da carta à LAODICÉIA, destaca-se também o conselho de Cristo:
“Eis que estou a porta e bato” (Apocalipse 3:20). Jesus espera que abramos a porta para Ele entrar.
Que porta é esta em que o Salvador bate e de que maneira Ele bate?

No livro: “A verdade Sobre as Profecias do Apocalipse”, pág. 114, nós encontramos:

“Toda advertência, reprovação e súplica da Palavra de Deus, ou recebida por meio de Seus mensageiros, é UMA BATIDA NA PORTA DO CORAÇÃO. É A VOZ DE JESUS QUE SOLICITA ENTRADA. A cada toque não atendido, torna-se mais fraca a disposição para abrir. A impressão do Espírito Santo que é hoje rejeitada, não será tão forte amanhã. O coração torna-se menos impressionável, e cai NUMA PERIGSA INCONSCIÊNCIA da brevidade da vida e da grande eternidade além.”

6 – AVISO ADVERTÊNCIA – Vomitar-te-ei da Minha boca.

O povo que vive no tempo da igreja de Laodicéia, o último período profético, precisa mudar, urgentemente, pois, da mesma forma que a ÁGUA MORNA DA CIDADE DE LAODICÉIA CAUSAVA NÁUSEAS, vômitos, assim também essa igreja está causando “NÁUSEAS” NO NOSSO SENHOR JESUS, figurativamente, ao ponto dEle dizer que “ESTOU A PONTO DE VOMITAR-TE DA MINHA BOCA” (Apocalipse 3:16).

O que significa essa figura de linguagem?

Há muitos anos uma escritora cristã escreveu o seguinte:

“A figura de vomitar da Sua boca significa que Ele(Jesus) não pode oferecer a Deus as vossas orações ou expressões de amor. Não pode aprovar de forma alguma o vosso ensino de Sua Palavra ou o vosso trabalho espiritual. Não pode apresentar os vossos cultos religiosos com o pedido de que vos seja concedida graça.” (Testemunhos Seletos III, pág. 15).

Ora, se Jesus não oferecer nossas orações e expressões de amor a Deus, nem aprovar nosso ensino de Sua Palavra, nem o nosso trabalho espiritual, então, estaremos IRREMEDIAVELMENTE PERDIDOS e de nada valerá o estarmos em Sua igreja, pois, nessas condições, estaremos MORTOS ESPIRITUALMENTE, vivendo um cristianismo mecânico e falto da vida de Cristo.

7 – PROMESSA E RECOMPENSA – Comer com Jesus, assentar-se com Ele no Seu trono.

Participar de uma ceia na companhia de Jesus que bela recompensa aguarda aos que abrirão a porta do coração ao Amado Salvador. Assentar-se no Seu trono, significa que participarão de Seu reino e poder, fato esse que acontecerá no milênio, onde os salvos receberão poder para julgar os ímpios, que não se arrependeram e nem foram salvos, por ocasião da 2ª vinda de Cristo.